O jovem Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, e uma moçoilo de 1 ano e 8 meses, morreram depois ingestão de um peixe com arroz, nessa quarta-feira, 1º. A comida teria sido consumida por nove pessoas da mesma família, na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Todos passaram mal. Quatro vítimas seguem hospitalizadas. A suspeita da Polícia Social é de que eles teriam comido provisões supostamente envenenados.
Manoel morreu na ambulância, antes mesmo de chegar à unidade de saúde. Já na quinta-feira, 2, o Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda) confirmou a morte da moçoilo, Igno Davi da Silva.
Em nota, o Heda informou que duas vítimas internadas em estado gravíssimo, de 3 e 4 anos, serão transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com o escora do SAMU Leviano. As transferências devem ocorrer na tarde desta sexta-feira, 3. Uma terceira moçoilo, de 11 anos, tem quadro fixo, e uma adulta segue recebendo cuidados intensivos.
Testemunhas alertaram à Polícia que um parelha teria doado peixes e cesta básica para a família no dia 31 de dezembro. Porém, os provisões só foram consumidos no dia seguinte. Logo depois a ingestão da comida, todos começaram a ter convulsões.
Ao chegar no hospital, as vítimas apresentaram os mesmos sintomas: frequência cardíaca inferior do normal e rebaixamento de nível de consciência. A unidade de saúde está em contato com o Instituto Médico-Legítimo para apurar as substâncias encontradas no organização das vítimas.
Investigação
Equipes da Polícia Científica do Piauí foram à lar da família para coletar amostras de provisões e investigar a existência de alguma substância tóxica nos peixes e nas comidas encontradas na residência. Amostras de sangue e de urina foram coletadas dos cadáveres e das outras pessoas que ingeriram os provisões. A polícia também coletou a chuva da lagoa onde os peixes teriam sido pescados para ser analisada.
O representante que investiga o caso, Abimael Silva, informou que o parelha que fez a doação se apresentou de forma espontânea à polícia para dar esclarecimentos. Eles doaram diversas cestas básicas no bairro e murado de 30 quilos de peixes, da espécie manjuba, que haviam sido fornecidos pela associação de pescadores. Não há relatos de outras pessoas que receberam os provisões terem pretérito mal.
Silva ainda diz que o arroz consumido pela família não foi o mesmo doado. O manjar ingerido teria sido requentado, pois havia sido prestes na lar na noite anterior.
Tragédia
Em agosto do ano pretérito, duas crianças da mesma família também teriam sofrido intoxicação. O bebê de 1 ano e oito meses que morreu agora é irmão dos meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, que faleceram depois a ingestão de cajus envenenados.
A suspeita do violação, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, era vizinha das crianças e foi indiciada por homicídio qualificado. Não se sabe ainda se há relação entre os episódios.