ALEXA SALOMÃO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é o expoente supremo da variação de gênero na superfície de infraestrutura, e ela mesma conta que, por ser mulher, teve de provar tenacidade até chegar lá.
Ela lembra que em 2002, por exemplo, o recém-indicado diretor para a Dependência Vernáculo de Petróleo, Newton Monteiro, seu colega na estatal, a convidou para ser sua assessora. Um jornal publicou que Monteiro estava levando uma “colega” -assim, entre aspas.
“Metade da sucursal achava que eu tinha um caso com ele, a outra metade tinha certeza, porque eles não viam nenhuma outra razão para eu ter ido, a não ser, ter um caso. Eu acho isso absolutamente espetacular”, contou à Folha.
“Decidi não tomar conhecimento, e essa postura sempre ajudou. Tive situações em que colegas chegavam para mim, olhavam e falavam: ‘Magda, eu palato muito de você, está tudo ótimo, mas eu não consigo te obedecer porque você é mulher’. E eu respondia: bom, esse problema não é meu, né? É seu.”
É traje que o mercado de trabalho evoluiu nas últimas décadas e reações uma vez que essas são cada vez mais raras, mas não dá para ser ingênua: persistem. Mulheres ainda enfrentam resistência para seguir no setor de infraestrutura, muito identificado uma vez que lugar de varão.
Esse mercado concentra profissões em áreas associadas a trabalho braçal, jornada estafante ou arriscada, que já foram vetadas para elas no pretérito -óleo e gás, força, mineração, saneamento e transporte (que inclui rodovia, ferrovia, hidrovia, porto e aeroporto).
Não existe um recenseamento para contabilizar quantas são, mas dá para dimensionar o desenvolvimento da participação pela recente organização delas. Existem muitos grupos de WhatsApp, confrarias de jantas ou de vinhos. O termômetro mais preciso é o surgimento de associações com a meta de valorizar a mão de obra feminina.
O movimento “Sim, elas existem”, por exemplo, apresenta listas de profissionais para cargos públicos nas áreas de força e mineração desde 2018. Foi criado por Agnes Costa e Renata Isfer, quando cursavam o programa “Mulheres e Poder: Liderança em um Novo Mundo”, da Harvard Kennedy School of Government. Na era, ambas atuavam no Ministério de Minas e Vigor (veja aquém o relâmpago x com a qualificação de todas as entrevistadas).
“O curso exigia um projeto prático. A gente viu que não tinha nenhuma mulher em cargos importantes. Para justificar o injustificável, o exposição era que não achavam mulher na hora de promover. Resolvemos mostrar que tinha”, conta Isfer. A dupla acionou colegas pedindo currículos e fez a seleção. Ao final, 193 nomes foram entregues ao governo de transição. Em 2022, a lista tinha 399 nomes.
Costa, que hoje é a única mulher na diretoria da Aneel (Dependência Vernáculo de Vigor Elétrica), explica que a lista procura emendar uma distorção cultural. As mulheres em áreas técnicas são obcecadas por qualificação e fazem muitos cursos para evoluírem na curso. Mas promoção e convites de trabalho dependem muito da rede de relacionamentos -e essa rede é mais organizada entre os homens.
“Minha mãe é professora, e fala que as meninas têm síndrome de boa aluna. São superestudiosas, dedicadas e, na escola, a nota boa vêm uma vez que consequência. Na curso não”, explica.
“Podemos demorar para entender isso. A questão da consciência de gênero é tipo óculos: só quando você veste começa a enxergar coisas que nem via antes.”
O IWB, Infra Women Brazil é a maior das entidades. Uma vez que o próprio nome indica, reúne representantes de segmentos variados. Nasceu de um estranhamento na superfície de eventos -cinco mulheres que participavam de palestras do setor se perceberam sempre cercadas por uma centena de homens.
“Nos demos conta: não é provável que só a gente faça secção desses eventos. Tem que ter outras mulheres”, lembra Isadora Cohen, que na era, 2019, era secretária executiva do Programa de Desestatização do estado de São Paulo, responsável inclusive pelas PPPs (Parcerias Público-Privadas).
“Começamos a invocar conhecidas da infraestrutura e lançamos a hashtag ‘convidem elas’, no Linkedin e no Instagram. A partir daí fomos acostando currículos de mulheres incríveis, que poderiam estar presentes em painéis, seminários, matérias de jornais, toga das revistas, empresas e governos.” Reuniram mais 300 nomes. Cohen foi a primeira presidente quando o movimento se tornou uma entidade em 2020.
Hoje o IWB tem mais de 2.000 associadas. Mantém um programa de mentoria para orientar jovens profissionais. Trabalha para organizar dados e gerar mecanismos para incentivar a participação feminina.
Um dos levantamentos contabilizou que as mulheres representam 12,7% dos integrantes de conselhos de gestão das empresas de infraestrutura listadas em Bolsa no Brasil. O número é inferior, mas é quase um ponto percentual mais que a média universal.
A presidente do juízo da Sabesp, Karla Bertocco avalia que o processo de internacionalização e sofisticação financeira ajuda na variação da cúpula.
“No pretérito, infra era marcada por atuação dos governos, mas a crescente demanda de recursos privados contribui com a mudança do perfil”, afirma.
“Cada vez mais, o setor depende dos investidores de ‘bolso fundo’, com a turma gosta de invocar -investidor institucional, fundo de pensão, fundo soberano. Esses caras têm uma governança rígida, cobram mesmo antes de liberar o verba: ‘Quantas mulheres vocês têm?'”
Em dezembro, a IWB promoveu o Fórum Infra Women, seu primeiro encontro anual presencial com a proposta de também recrutar espeque masculino.
“Infraestrutura já foi separada por hífen. Agora, é uma termo. Adotamos o mote infraestrutura se escreve junto, porque não dá para permanecer naquele exposição de um contra o outro”, explicou Cintia Torquetto, outra fundadora e hoje presidente do IWB.
A novidade abordagem considera que não dá para ignorar o papel masculino -para o muito e para o mal. Mesmo não sendo forçoso, poder dar uma tributo emocional positiva, por exemplo. A empresária Daniela Alcaro resume esse pensamento. Conta que figuras masculinas lhe ajudaram a ser arrojada na escolha da curso e a entrar para a comercialização de força, segmento muito parecido com o mercado financeiro, e a fundar a sua própria empresa.
“Aprendi que é importante ter homens que te apoiam, estendem a mão, acreditam em você. Tive alguns. Meu pai, meu marido, meu sócio, que em muitos momento de bifurcação diz: eu fico com a Dani”, exemplificou.
São raros os homens que agora manifestam publicamente o desconforto com a subida feminina no setor. O “Deus me livre uma mulher CEO”, postado pelo empresário Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi, é um gesto vasqueiro. Mas o relato universal é que ainda existe o boicote velado, e faz secção aprender a trinchar, ou ao menos saber se desviar das figuras tóxicas.
“Numa reunião só com homens, podem ignorar o que você fala, ou te trinchar quando você fala. Também podem trespassar para o bar e não te invitar, e no bar, não no gabinete, decidem qual projeto é importante e quem vai tocar, e será qualquer varão”, disse, hipoteticamente, para exemplificar, Viviane Bezerra, outra fundadora do IWB, que tem longa experiência na superfície pública.
A cutucada no papel de mãe é outra prática que incomoda. Não são poucos os homens que perguntam para colegas uma vez que conseguem estar lá e cuidar dos filhos -questão inexistente quando é o pai.
“A maternidade ainda é uma questão para muitas mulheres, mas tendo espeque, conversando, fazendo um planejamento, não atrapalha zero. Isso é uma coisa que a mulher tem que colocar na cabeça”, explica Natália Resende, secretária de Meio Envolvente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo.
“Na secretaria mesmo, a gente tem 63% dos cargos de liderança ocupados por mulheres. Falo isso sempre que tenho oportunidade porque é um orgulho pela conhecimento da mulherada. Posso reportar exemplos das que engravidaram, saíram de licença maternidade e continuaram em cargos de liderança.”
Tem também a questão etária. Homens festejam a subida de rapazes talentosos, mas topar com uma moça na chefia já não soa tão proveniente. A subsecretária de Fomento e Planejamento no Ministério dos Transportes, Gabriela Avelino, sentiu esse estranhamento. Aos 30 anos, comanda uma equipe de 37 pessoas. Os mais jovens são estagiários que ela levou.
“Quando eu fui chamada para a posição, até fiquei intimidada, porque teria de trespassar da zona de conforto. Não tinha experiência em Brasília. Entre os subordinados, havia servidores com 20 anos de curso efetiva no governo federalista, homens. Mas pensei: não vou me sabotar. Trabalhei para antecipar as questões de legitimidade que poderia ter de enfrentar”, explica Avelino.
“Vários servidores saíram quando eu entrei, e eu sinto que foi por uma questão de, você sabe: Por que eu vou responder para essa moça?”
Permanecem também barreiras, digamos, físicas. Não é vasqueiro que falte bota menor que o número 38 para ir a campo, só ter macacão M tipo GG e o banheiro ser unissex -na real, não tem feminino, logo, se quiser usar, é o que tem para hoje.
“Foram muitos os avanços na questão da variação, mas ainda paira aquela mensagem de que você não pertence a certos ambientes”, explica Heloisa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética.
“Vou dar o exemplo do setor de petróleo. A operação é o coração dessa indústria, uma grande escola, mas a maioria das mulheres acaba não tendo essa vivência -e menos oportunidades- porque os ambientes não estão totalmente adaptados e ela desiste. É um pouco até cruel.”
A procura do essencial é uma bandeira do WMB (Women in Mining Brasil). Apesar de a mineração ser base da economia lugar desde os tempos coloniais, esse movimento global que procura a variação na mineração só se constituiu oficialmente cá em 2019.
Em vários locais a suplente de mercado para homens ainda se ampara na superstição. Em pleno século 21, qualquer mineiro pode trespassar correndo de uma mina se uma mulher entrar porque tem aquele sentimento de que vai desabar.
“Em muitos cursos de engenharia de minas e de geologia, há mais moças que rapazes, mas no setor, a participação universal feminina é de 23%, e na superfície operacional, ínfima. Para onde estão indo essas mulheres?”, pergunta a presidente da WMB, a geóloga Patrícia Procópio.
Os desafios da inserção na superfície de infraestrutura são mais duros ainda para a mulher negra. Nas estatísticas da mineração, por exemplo, ela é traço -menos de 1% em cargos de liderança.
“Costumo comentar que eu sou o traço do relatório”, diz Ana Cunha, diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social da canadense Kinross Gold. Foi a primeira mulher e é única negra num missão de comando.
Segundo Cunha, a questão racial no universo feminino avança mais lentamente porque é um dos temas mais complexos de endereçar no Brasil. Empresas isoladamente até podem promover mudanças internas, com programas de variação, mas uma reorganização mais profunda no mercado de trabalho demanda a quebra de uma distorção cultural arraigada de caráter social.
“A negra está na base da pirâmide social -vem depois de varão branco, varão preto e mulher branca.”
A gerente de variação e inclusão do Grupo CCR, Thaís Patrício, também negra, explica que a barreira é tão profunda que está no olhar do outro. “Eu costumo proferir que a minha cor chega primeiro -antes do meu currículo, da minha postura, da minha roupa social”, explica.
A contratação de Patrício, há cinco meses, faz secção do esforço da CCR para ampliar a participação feminina. Quem coordena o processo atualmente é Raquel Cardoso, vice-presidente de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional, primeira mulher nesse nível hierárquico no grupo.
“Faz secção do nosso processo seletivo prometer candidatas para as vagas, e a gente não fecha a seleção enquanto não tiver mulheres”, explica Cardoso.
O esforço de diversificação na companhia inclui a quebra do paradigma mais idoso da infraestrutura: penetrar espaço para que mulheres possam atuar em atividades consideradas masculinas.
Hoje há mulheres até na capina para retirar mato dos trilhos. Maria do Socorro é uma delas. Trabalhava uma vez que terceirizada da limpeza e conta que se jogou no processo de seleção. Formada em pedagogia, foi madre e professora, mas aos 55 anos não conseguia mais trabalho com carteira assinada.
Maria conversou com a reportagem no dia em que trabalhava na limpeza das linhas 8 e 9, junto à estação Presidente Altino, em Osasco. Contou que acha o supremo seguir o vai e vem nos trilhos: “Palato de aprender, e a CCR oferece muitos cursos. Cá, eu posso subir. Quem sabe eu ainda vou pilotar um desses trens.”
RAIO X DELAS NA INFRAESTRUTURA
Veja a formação das entrevistadas para esta reportagem
Agnes da Costa, 45 – economista e rabino em força, é diretora da Aneel (Dependência Vernáculo de Vigor Elétrica). Foi superintendente da Assessoria Privativo em Assuntos Regulatórios do MME (Ministério de Minas e Vigor). Desde 2006, faz secção da curso de especialistas em políticas públicas e gestão governamental, uma das mais qualificadas do setor público
Ana Cunha, 50 – formada em relações públicas, com pós-graduação em notícia internacional, é diretora de relações governamentais e responsabilidade social da Kinross Gold Corporation. Atua há 25 anos no setor mineral, com participação ativa nas discussões de variação e inclusão
Cintia Torquetto, 42 – formada em relações públicas, é diretora de estratégia e atendimento da Luzia Consultoria. Foi diretora de eventos e é coordenadora adjunta do Comitê de Variedade e Inclusão da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) e gerente de relações institucionais da BRK
Daniela Alcaro, 49 – formada em gestão de empresas, com especialização em finanças, é sócia fundadora da comercializadora Stima Vigor e vice-presidente do juízo da Abraceel (Associação Brasileira dos Consumidores de Vigor). Atuou na superfície de trading da Compass e da Bolt Energias. Antes do setor elétrico, trabalhou no Opportunity, na Goldman Sachs e no Walmart
Gabriela Avelino, 30 – advogada e rabino em economia, é subsecretária de Fomento e Planejamento no Ministério dos Transportes. Foi assessora de projetos na Alagoas Ativos S/A, empresa pública na superfície de concessões e PPPs, consultora do Banco Mundial e do Consad (Parecer Vernáculo de Secretários de Estado da Governo)
Heloisa Borges, 45 – economista com doutorado na superfície e advogada com pós-graduação em recta público, é diretora de estudos do petróleo, gás proveniente e biocombustíveis da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Foi professora e pesquisadora na superfície de força e trabalhou por 15 anos na ANP (Dependência Vernáculo do Petróleo, Gás Procedente e Biocombustíveis), onde conduziu rodadas e modelagem de inúmeras licitações de óleo e gás
Isadora Cohen, 37 – advogada, sócia da ICO, consultoria especializada em infraestrutura, fundadora e vice -presidente do IWB. Foi secretária-executiva de Transportes Metropolitanos de São Paulo e secretária-executiva do Programa de Desestatização do estado de São Paulo, responsável por PPPs
A imagem apresenta uma mulher em preto e branco, com cabelo cacheado e escuro, segurando um microfone. O fundo é azul simples, destacando a figura da mulher que parece estar em um envolvente de apresentação ou entrevista. **
Karla Bertocco, 48 – formada em recta e gestão pública, com pós-graduação em regulação, é presidente do juízo da Sabesp e sócia da Mauá Capital. Nas diversas atividade no setor público, foi diretora do BNDES e diretora-presidente da Arsesp (Dependência Reguladora de Saneamento e Vigor do Estado de São Paulo)
Magda Chambriard, 67 – engenheira social e rabino em engenharia química, é presidente da Petrobras. Servidora concursada, passou por várias áreas da estatal. Foi diretora e diretora-geral da ANP (Dependência Vernáculo de Petróleo)
Maria do Socorro Botelho, 55 – pedagoga, trabalha na capina das linhas 8-Diamante e 9-Esmeraldo dos trens metropolitanos de São Paulo, que são operados pela ViaMobilidade, do grupo CCR. Foi madre e atuou uma vez que pedagoga em escolas pública e privada em São Paulo no Amazonas
A imagem mostra o retrato de uma mulher com cabelo longo e liso, sorrindo. O fundo é azul, enquanto a mulher está em preto e branco. Ela usa uma blusa clara e brincos. A sentença dela é amigável. **
Natália Resende, 37 – graduada em recta, engenharia social e ciências contábeis, rabino em tecnologia ambiental e recursos hídricos, pós-graduação em recta constitucional e recta tributário e doutora em regulação de infraestrutura de redes. É secretária de Meio Envolvente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo. Procuradora federalista, atuou no Ibama, e nos ministérios da Infraestrutura e da Integração
Patrícia Procópio, 60 – doutora em geologia, é diretora de planejamento, inovação & ESG na Hexagon, fundadora da NEWVERSE, startup de tecnologia da superfície de mineração, e presidente do movimento WIM Brasil. Foi premiada pela WIM do Reino Uno uma vez que uma das mulheres mais inspiradoras da mineração global
Raquel Cardoso, 43 – psicóloga, com especialização em gestão de emoções, é vice-presidente de pessoas e desenvolvimento organizacional do Grupo CCR, uma vez que primeira mulher a ocupar o missão de VP. Atuou por quase 13 anos uma vez que diretora de pessoas no grupo Gerdau
Renata Isfer, 43 – rabino em recta público e presidente-executiva da ABiogás (Associação Brasileira de Biogás). Foi secretária e secretária-adjunta de Petróleo, Gás Procedente e Biocombustíveis, muito uma vez que consultora jurídica do MME (Ministério de Minas e Vigor). Atuou por 16 anos uma vez que procuradora federalista da AGU (Advocacia-Universal da União)
Thaís Patrício, 35 – formada em gestão de recursos humanos, com especialização em direitos humanos, gênero e sexualidade, é gerente de variação e inclusão do grupo CCR. Trabalhou por 17 anos na Atilado
Viviane Moura Bezerra, 48 – formada em recta, tem pós-graduação e especialização nas áreas de gestão pública, licitações, PPP e concessões, é assessora peculiar da Secretaria Privativo para o Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República. Foi superintendente de PPI no governo do estado do Piauí. Entre as PPPs que participou está o Novidade Ceasa, premiado pela UNECE/ONU uma vez que melhor projeto de PPP do mundo em 2019 e 2020
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