(DINO) Em 18/12/2024 16h00 – Segundo balanço recente do Serasa, as empreendedoras estão primeiro de 8,4 milhões de negócios; Karin Campos comenta os principais avanços e desafios enfrentados pelas brasileiras e apresenta o projeto Liderança de Saia
Em média, quatro a cada dez empresas brasileiras são comandadas por mulheres. A informação integra o estudo “O perfil da empreendedora brasileira”, divulgado pela Serasa Experian, que considerou um universo de 20,6 milhões de empresas ativas no período analisado, dentre as quais 8,4 milhões são lideradas por mulheres.Segundo a pesquisa, divulgada pela CNN Brasil, 84,7% das empresárias do país administram os negócios sem sócios. Entre os empresários do sexo masculino, por sua vez, essa média é de 77,4%.
Para Karin Campos, empresária e empreendedora que atua há mais de 23 anos no mercado de tecnologia e informação, os dados refletem um progressão: “Hoje, a mulher pode ir ao mercado de trabalho, mostrar todo o seu potencial e, realmente, treinar seus sonhos e desejos, pois é verosímil empreender e liderar um negócio”.
Karin é fundadora do Liderança de Saia, ecossistema que oferece encontros mensais para mulheres em formatos de moca da manhã com palestras, networking e troca de experiências. Também possui infraestrutura para empreendedoras que desejam produzir teor, realizar eventos, encontros, podcasts, entre outros, visando ajudar as mulheres a fomentar seus negócios.Aliás, o projeto possui uma plataforma de conteúdos ligados ao universo do empreendedorismo feminino, com aulas on-line com temas relevantes, encontro anual e eventos durante o ano ligados ao tema e, ainda, o podcast realizado pelo ducto Liderança de Saia no YouTube.
Karin observa que, dentro do percentual revelado pela Serasa, há muitas mulheres que são lançadas ao empreendedorismo por premência. “Grande segmento das empreendedoras do país precisam se desenvolver não exclusivamente tecnicamente, mas comportamentalmente para que seus empreendimentos prosperem e cresçam ainda mais”, pontua.
“Durante minha própria jornada sendo empresária e empreendendo com tecnologia – que é um universo altamente masculinizado -, nesses quase vinte e quatro anos passei por muitas situações em que, por ser mulher, precisei usar de toda a minha capacidade emocional e profissional para estar em estabilidade e realmente mostrar ‘a que vim'”, afirma. A empresária conta também que os desafios a conduziram a um caminho de autoconhecimento e desenvolvimento: “Nesta trajetória, encontrei mulheres com conhecimento e poder que, muitas vezes, não cresciam por temor, limitações colocadas por um relacionamento e por inseguranças”, partilha.
Ela destaca que, atenta a esse fator, sempre buscou empoderar e compartilhar sua jornada com outras mulheres que atuavam em meus negócios e na vida pessoal. “Isso me levou a querer levar para outras mulheres essa vocábulo e levante empoderamento – e assim nasceu a Liderança de Saia”, afirma.
Mulheres conquistam espaço
A empresária afirma que o momento atual é de grande evidência para as mulheres no Brasil, não só para as empresárias, mas para as brasileiras de forma universal. “As mulheres estão no foco de políticas de justiça, empoderamento e nunca se falou tanto sobre a capacidade da mulher mas, ao mesmo tempo, ainda temos muitas barreiras para isso”, reflete. Para Karin, essa jornada esbarra em diversas situações: “Precisamos assumir nosso lugar na mesa e sermos vistas e ouvidas com a mesma relevância que os homens”, pontua.
Desafios de ponta a ponta
A fundadora da Liderança de Saia destaca que as intempéries que, ainda hoje, as mulheres têm de enfrentar, não estão exclusivamente na roda de negócios, mas na vida. “Muitas vezes, a mulher esbarra em situações ou comentários que a colocam em posição de ‘não poder ter um bom enlace’ ou, até mesmo, de certa ‘masculinização’ por conta da premência de ser respeitada e ouvida e de ‘não ser uma boa mãe, porque trabalha'”.
Ainda assim, o Brasil vive uma evolução por conta da quebra de paradigmas de gerações de mulheres que, em outro tempo, não podiam estar no mercado de trabalho e que, até 1962, precisavam de autorização do marido para empreender.
Empreender ainda é duelo
Dados da pesquisa “Empreendedorismo Feminino 2022”, realizada pelo Sebrae com dados do Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o número de mulheres donas de negócios no país chegou a 10,3 milhões – o maior número desde que teve início a série histórica, em 2016.
Karin conta que há uma série de desafios que as mulheres ainda têm de enfrentar ao tentar empreender, porquê temor de não dar visível, a questão da falta de espeque dos companheiros ou da família, além de parceiros que buscam “ofuscar” a curso da esposa por temor do incremento da mulher.
“Soma-se a isso questões porquê instabilidade, temor de não ser uma boa mãe, esposa, filha, ou de não conseguir ‘dar conta’ de todos os papéis”, acrescenta a empreendedora. “É preciso aprender a fazer networking, vencer o temor de falar em público e durante apresentações e reuniões de negócio e, ainda, superar o temor de vender”, destaca.
Autoconhecimento e posicionamento são importantes
Para finalizar, a fundadora da Liderança de Saia labareda a atenção para a influência do autoconhecimento para as mulheres: “Para a mulher, é fundamental poder ser quem se é, de veste, e saber se posicionar. São os grandes pontos de partida e viradela para você ocupar seus sonhos e inferir seus objetivos”, diz.”Você não precisa perder sua vida pessoal ou tornar-se uma pessoa ‘curta e grossa’ para ocupar ou mostrar o seu valor”, conclui Karin. Para mais informações, basta acessar: @liderancadesaia
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