SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher de 95 anos que sobreviveu aos nazistas, ao sinistro de Chernobyl e a pandemia de covid-19 morreu depois ser atropelada por um sege enquanto atravessava a rua em frente à sua lar em Novidade York, nos Estados Unidos.
Mayya Gil morreu no dia 23 de janeiro, mas notícia só foi divulgada pela família nesta segunda-feira (27). Ela estava atravessando a Cropsey Avenue, em frente ao seu apartamento no bairro do Brooklyn acompanhada de seu cuidador. Uma van de fardo que trafegava pelo sítio fez uma curva acentuada e atropelou as duas. As informações são do Departamento de Polícia de Novidade York.
Mayya Gil teve um ferimento na cabeça e foi socorrida para o Hospital Langone da NYU, no Brooklyn. Ela não resistiu aos ferimentos.
O cuidador de 54 anos foi internado, mas sobreviveu. Segundo a polícia, ele sofreu alguns ferimentos na perna e foi levado para um hospital em condições estáveis.
O motorista da van, um varão de 64 anos, não foi recluso, segundo a polícia. As autoridades afirmaram que as investigações estão em curso. As informações foram publicadas pela revista People.
ELA SOBREVIVEU AO DESASTRE DE CHERNOBYL
Mayya Gil é uma sobrevivente da invasão nazista à Ucrânia. Ela também estava presente quando ocorreu o sinistro de Chernobyl e enfrentou a pandemia de covid- 19.
A mulher nasceu em Khmelnytskyi, no oeste da Ucrânia. Ela se mudou para a capital Kiev com a mãe e o irmão quando tinha 12 anos para evadir da invasão nazista, segundo item do New York Times publicado em 2020. Gil conheceu o marido o marido Vilyam em Kiev e teve suas filhas gêmeas enquanto vivia sob o domínio soviético.
Depois o devastador sinistro nuclear de Chernobyl na Ucrânia em 1986, uma das filhas dela se mudou para Novidade York. Seis anos depois, em 1992, o resto da família também viajou para morar nos Estados Unidos. A família escolheu o bairro de Bensonhurst, no Brooklyn, onde se tornaram membros ativos da comunidade no Núcleo Comunitário Judaico sítio.
O marido de Gil morreu em 2020 depois contrair covid-19. Na era, ela contou que o companheiro passou os dois últimos dias de vida no hospital sem que pudesse visitá-lo. “Não me deixaram vê-lo e ele estava fraco demais para manifestar qualquer coisa ao telefone”, disse Gil ao New York Times. Ela relembrou seu conúbio de 68 anos com paixão, dizendo ao jornal: “Éramos uma vez que uma só pessoa”.
Família disse que Gil será lembrada uma vez que um pilar da comunidade. “Todo mundo a conhece”, disse Lizunova ao site Gothamist sobre a mãe, que também era bisavó de sete filhos. “Ela era uma senhora muito ativa.”