BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Uma mulher de 35 anos foi presa na tarde de sexta-feira (29) após supostamente ter chamado de “viado” e “macaco” um funcionário de um órgão público de Taguatinga, no Distrito Federal.
Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF disse que ela “supostamente humilhou servidores e colaboradores” do Na Hora, um local de atendimento para serviços como água e luz.
“Inclusive com falas racistas e homofóbicas, chamando um deles de ‘macaco e viado’. O Instituto de Identificação da Polícia Civil interveio no ato e encaminhou a cidadã até a delegacia, para que os fatos fossem apurados”, afirma a secretaria em nota. O nome da mulher, que é negra, não foi divulgado.
Após ouvir testemunhas do caso, a Polícia Civil decidiu prender a mulher em flagrante por injúria racial e desacato a funcionário público.
Imagens de câmeras de segurança mostram a mulher discutindo com funcionários da recepção do órgão público. Não é possível ouvir o que ela dizia.
Em outro momento, policiais se aproximam da mulher em uma sala de espera para atendimento. Depois de cerca de 30 minutos, ela é abordada pelos agentes. Após nova discussão, ela é imobilizada.
Na sequência, a mulher é levada para uma viatura da Polícia Militar por cinco pessoas com uniformes de agentes de segurança.
A secretaria do DF manifestou “total repúdio aos atos de injúria racial e homofobia” e disse que a Polícia Civil local “tem o compromisso de registrar e apurar os fatos”.
O alvo das supostas ofensas é um homem de 21 anos. Ele informou à polícia que a mulher passou a gritar por acreditar que ele havia passado outra pessoa na frente dela na fila de atendimento.
O homem disse que chamou a sua chefe para conversar com a mulher. “Acreditava que a situação tinha se resolvido, no entanto, decorridos alguns minutos, a mulher passou e, inesperadamente, lhe ofendeu com palavras de baixo calão”, segundo a Polícia Civil do DF.
Segundo a mesma nota, a mulher se irritou e desacatou agentes da polícia ao ser questionada sobre a fala racista.
“A vítima, um homem de 21 anos, manifestou expressamente o interesse em representar criminalmente contra a autora”, disse a polícia.
Segundo a polícia, ela foi colocada em liberdade provisória na tarde deste sábado (30), após audiência de custódia.
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