Mulher de Robinho o defende em caso de estupro: ‘Há 8 meses pagando por algo que não aconteceu’

Vivian Guglielmetti, mulher de Robinho, se manifestou pela primeira vez desde a prisão do marido. Casada desde 2009 com o ex-jogador, ela defende o companheiro e afirma que o desportista é singelo. Ele está recluso desde 21 de março no Núcleo Penitenciário de Tremembé, onde cumpre pena da Justiça da Itália a nove anos pelo estupro de uma jovem albanesa de 23 anos em uma boate de Milão.

 

“Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou cá. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu matrimónio, pelos meus filhos. As minhas questões pessoais de marido e mulher, resolvi lá detrás. O erro foi a traição. Eu fui traída e hoje ridicularizada mundialmente. Mas escolhi lutar pela verdade”, comentou Vivian, em entrevista ao site Metropoles.

“O Robinho foi réprobo por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um violação. A traição que houve comigo não é um violação. Está muito distante de ser um violação. Entre um ato impudico e um violação tem uma intervalo muito grande. Ele está há oito meses pagando por um tanto que não aconteceu”, afirma.

Os áudios citados por Vivian Guglielmetti são referentes aos grampos telefônicos utilizados uma vez que provas para a pena do jogador. À Justiça, Robinho admitiu que ele e os amigos mantiveram relações sexuais com a denunciante, mas garante que o ato foi consensual. A mulher do jogador contou que resolveu perdoar a traição do jogador em prol da família e colocou em incerteza a versão dos fatos apresentada pela albanesa.

“Ela alega que, em 22 minutos, ficou com falta de ar, desmaiou, acordou no camarim, que o Robinho e o Alex estão em cima dela. Ela se veste, coloca a roupa toda, vai até o sege, troca de sege, esquece a bolsa”, questiona Vivian. Ela afirma, ainda, ter sido convencida pelo jogador de que não houve estupro. “São horríveis aqueles áudios, são vergonhosos, são imorais. É triste. Me dava raiva porque eu sei quem é o Robinho, de levar as coisas sempre na risota. Na minha percepção, ele tinha tanta tranquilidade de que ele não tinha feito zero, que ele brinca: ‘Ah, que se dane'”, diz.

A resguardo de Robinho entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federalista (STF), que julga o recurso. Iniciado no último dia 15 de novembro, o placar está 5 a 1 para manter o jogador recluso. Os ministros têm até o dia 26 para formalizarem suas posições.

A resguardo de Robinho alega que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não teria a cultura para estabelecer a reclusão imediata do jogador. Os representantes do desportista ainda têm esperança de um novo julgamento do valor em solo brasiliano.

“Quando falaram de vir o processo para o Brasil, a gente teve um acalento. Caramba, é o nosso país, é o nosso povo. A Justiça brasileira vai ver isso daqui, vai estudar e ver o quanto a gente foi injustiçado na Itália. Não aconteceu. Não quiseram estudar o processo, não quiseram saber”, destaca Vivian.

Robinho está no pavilhão 1 da a Penitenciária II de Tremembé, desde março deste ano. Na prisão, ele tem o hábito de jogar futebol com os outros detentos e de ler. Outrossim, ele tem lição de dois projetos, com dez módulos cada, “De olho no horizonte” e “Reescrevendo a minha história”. Ele já cumpriu nove de cada.

“Vou lá todas as semanas. Levo a comidinha dele, os produtos de higiene, os produtos de limpeza. Graças a Deus, ele tem uma cabeça muito boa. Eu, às vezes, vou para tentar acalmá-lo, e é ele quem me acalma”, afirma a mulher do ex-jogador.

“Eu convertido muito com nossos filhos. O Robinho também. Eles vão em algumas visitas. Quando vamos todos, aí vira aquela bagunça. Ele entra naquele papel de pai totalidade, eles brincam muito, conversam. Eu abri todo o processo para os meus filhos. Aconteceu isso, isso, isso. E eu falo para eles: vai ter um dia em que a gente vai ver a Justiça de indumentária.”

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