(FOLHAPRESS) – O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu um inquérito civil para apurar se houve quebra de isonomia na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Em 2021, a prova teve três versões: a digital, a presencial e a para pessoas privadas de liberdade (PPL). Pela metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que considera o grau de dificuldade de cada questão, ao final as três versões tiveram notas máximas diferentes.
Essas notas são consideradas para selecionar os alunos pelo Sistema Unificado de Seleção (Sisu) para universidades públicas. Alunos que tenham gabaritado as provas de versões diferentes concorrerão com notas diferentes.
A procuradora Ana Carolina Roman abriu um procedimento preliminar e entendeu ser necessário dar prosseguimento às diligências para “formação de convencimento” a cerca das medidas a serem adotadas.
Especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que o TRI é uma metodologia já consolidada e que, se a calibragem das questões tiver sido da forma adequada, não há, a priori, quebra de isonomia. O método já faria a correção de eventuais distorções.
Procurado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não respondeu os contatos.
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