Morre Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema direita na França

(UOL/FOLHAPRESS) – Jean-Marie Le Pen, fundador do partido de extrema direita galicismo Frente Pátrio, morreu aos 96 anos nesta terça-feira (7), informou a família do político à AFP.

 

Le Pen estava internado em uma vivenda de repouso há várias semanas. O galicismo sofria com sua saúde debilitada e morreu às 12h (8h do horário de Brasília) ”encurralado por familiares”.

Nos últimos anos, ele foi hospitalizado várias vezes. Em fevereiro de 2022, foi internado em seguida suportar um acidente cardiovascular ligeiro. Já em maio de 2023, sofreu um ”infarto ligeiro”.

Jean-Marie vinha fazendo menos aparições públicas. A mídia francesa observou que ele também não expressava contrição pelos comentários polêmicos do pretérito.

Jordan Bardella, presidente do RN, lamentou a perda pelas redes sociais. ”Sempre serviu a França, defendeu sua identidade e soberania”, declarou.

QUEM FOI JEAN-MARIE?

Le Pen nasceu em 20 de junho de 1928 em La Trinité-sur-Mer, no oriente da França. Ele era formado em recta e serviu uma vez que legionário nas guerras coloniais da portanto Indochina (1953) – hoje Vietnã – e da Argélia (1957).

Tornou-se o legislador mais jovem da França, ao ser eleito à Reunião Pátrio com exclusivamente 27 anos. O político passou décadas tentando gerar repulsa à imigração, e sua curso política decaiu depois de mais de meio século em que seu racismo pronunciado o levou a ser espargido uma vez que o “diabo da república”.

Jean-Marie Le Pen foi candidato à Presidência cinco vezes. Em 2002, chegou ao segundo vez, sendo derrotado por esmagadora maioria por Jacques Chirac.
Em 1972, assumiu a direção de um novo partido que reunia neofascistas: a Frente Pátrio. Ele foi sucedido uma vez que superintendente do partido por sua filha, Marine Le Pen, que desde portanto concorreu à Presidência três vezes e transformou o partido, agora chamado de Reunião Pátrio, em uma das principais forças políticas do país.

Jean-Marie fez com que a legenda se tornasse uma história de família. Pouco mais de quatro décadas depois da geração do partido, colocou suas filhas, genros e, em 2012, uma neta, Marion Marion Maréchal-Le Pen, nos postos de direção do partido. Ele permaneceu uma vez que presidente honorário até março de 2018.

POSICIONAMENTOS POLÊMICOS

Declarações racistas, antissemitas e xenófobas marcaram a atuação política de Le Pen. Ultradireitista, ele frequentemente fazia ataques verbais contra negros, judeus e estrangeiros, principalmente os árabes. Em um dos casos, declarou que as câmaras de gás foram ”um pormenor na história da Segunda Guerra”.

Ele condenava a participação da França na União Europeia. Em uma das corridas eleitorais para presidente, ele se declarou uma vez que o candidato da França contra a euroglobalização e prometeu retirar o país do tratado de Maastricht, que fundamentou a União Europeia em 1991.

Le Pen costumava responsabilizar estrangeiros pelos problemas da França. Ele dizia que eles eram os responsáveis pela violência, pela falta de postos de trabalho e afirmava que, se “se não estavam muito na França, o melhor era retornar a seus países”.

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