Morre Ivana Trump, primeira mulher do ex-presidente dos EUA Donald Trump

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ivana Trump, a primeira mulher do ex-presidente dos EUA Donald Trump, morreu nesta quinta-feira (14) aos 73 anos. A informação foi confirmada pelo próprio republicano na plataforma Truth Social.

“Sinto muita tristeza em informar a todos aqueles que a amaram, e são muitos, que Ivana morreu em sua casa em Nova York. Ela era uma mulher maravilhosa, linda e incrível, que levou uma vida inspiradora”, escreveu Donald Trump na plataforma desenvolvida por ele. A causa da morte está sendo investigada.

Ivana e Donald se casaram em 1977 e tiveram três filhos: Donald Jr., Ivanka e Eric. Eles se divorciaram em 1992. “Ivana Trump foi uma sobrevivente. Ela fugiu do comunismo e abraçou esse país [EUA]. Ela ensinou seus filhos sobre coragem e dureza, compaixão e determinação”, disse a família em comunicado divulgado pelo canal americano ABC News.

De acordo com o jornal The New York Times, a polícia investiga a possibilidade de Ivana ter caído da escada de sua casa. Uma autoridade disse que não há indícios de invasão e que a morte parece ter sido acidental. O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender um chamado de parada cardíaca e encontrou a mulher morta às 12h39 (13h39 no horário de Brasília).

Ivana nasceu e cresceu sob o regime comunista da antiga Tchecoslováquia, onde chegou a integrar a equipe nacional júnior de esqui. Filha dos Zelnickovs, ela cresceu em Gottwaldov, próximo a Praga -a cidade hoje se chama Zlin. Formada em educação física e letras, depois se mudou para os EUA, onde trabalhou como modelo, escritora e empresária. Ela teria conhecido Trump em 1976, durante uma viagem para a realização de desfiles.

Na década de 1980, foi mais do que uma socialite e teve papel importante na construção dos negócios da família e da imagem de Donald Trump. Ela trabalhou ao lado do marido no desenvolvimento do edifício Trump Tower, em Nova York, e ajudou a supervisionar a construção do cassino Trump Taj Mahal, na cidade de Atlantic City.

Formalmente, ocupou o posto de vice-presidente para decoração das organizações do marido e ainda atuou no hotel Plaza, também em Nova York, adquirido pelo hoje ex-presidente em 1988. A imprensa americana lembrou nesta quinta que os dois ajudaram a definir a década de 1980 como uma era de excesso espalhafatoso entre a elite -imagem que Trump sempre alimentou, como empresário, apresentador de TV e político.

O divórcio dos dois -em meio às especulações de um caso de Trump com a atriz Marla Maples, com quem acabaria se casando e tendo uma filha, Tiffany-, alimentou discussões nos tabloides por semanas. Um juiz chegou a dizer que o empresário impôs à então mulher um tratamento “cruel e desumano” por causa do pedido de separação.

No acordo, Ivana teve direito a receber US$ 14 milhões, mais uma pensão de US$ 650 mil anuais para sustentar os três filhos, além de uma mansão de 45 quartos em Connecticut, um apartamento e o uso da propriedade de Mar-a-Lago, na Flórida, por um mês ao ano.

Em outubro de 2017, poucos meses após a chegada de Trump à Casa Branca, Ivana publicou o livro “Raising Trump” [Criando Trump], em que contava ter ensinado aos filhos “o valor do dinheiro, de não mentir nem trapacear ou roubar, além de respeitar o próximo”.

No ano seguinte, ao New York Times, se recusou a dar detalhes sobre a relação que mantinha com o já presidente. “Não vou falar de política. Mas nós nos falamos”, disse.

Ivana se casou outras duas vezes depois do divórcio -as duas relações também chegaram ao fim. Ela deixa a mãe, os três filhos e dez netos. Trump é casado, desde 2005, com a ex-modelo esloveno-americana Melania Trump.

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