A jornalista Helaine Martins morreu na tarde deste sábado, 3, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. A carioca de 41 anos ficou conhecida por lutar a favor de um jornalismo mais diverso e plural, criando projetos como o Entreviste Um Negro e a Agência Mandê. O velório será na terça-feira no Cemitério Memorial Santo André, em Santo André (SP).
Recentemente, ela havia se tornado editora do Expresso Na Perifa, projeto do Estadão em parceria com a 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade. A iniciativa foi ao ar no último dia 2 e oferece conteúdo jornalístico feito a partir do olhar de quem mora na periferia.
“O Expresso Na Perifa representa o desejo e compromisso de romper com a ideia diariamente reforçada de uma periferia estereotipada, estigmatizada, com uma história única”, afirmou ela ao Estadão na última semana.
A também jornalista Karol Gomes, amiga de Helaine, disse que ela batalhou para tirar o projeto do papel. “Estava nervosa com o lançamento do trabalho e os resultados, mas também confiante e orgulhosa”, conta.
O Entreviste Um Negro, lançado em 2015, é uma iniciativa que conecta jornalistas a especialistas negros. Segundo o site da plataforma, o objetivo é “amplificar o debate sobre a importância de se fazer um jornalismo antirracista”. Ela trabalhava para expandir o Entreviste Um Negro.
Também estava à frente da Agência Mandê, de produção de conteúdo e de educação por uma comunicação antirracista. “Tudo o que fazia era pensando no coletivo, buscando resultados macro. Isso é poderoso”, diz Karol. Helaine era divorciada e não tinha filhos.
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