Ministro da Fazenda fala em pacote de corte de gastos ‘expressivo’

O ministro da Rancho, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o valor do pacote de incisão de gastos será “significativo” e que reforçará o concepção de que todas as despesas devem, na medida do verosímil, ser incorporadas ao que prevê o busto fiscal.

 

Questionado se isso significa que essas despesas devem seguir a regra universal do busto – que limita o incremento dos gastos a 2,5% ao ano supra da inflação -, Haddad respondeu que devem “seguir a mesma regra ou alguma coisa parecida com isso”. “Mas que atende exatamente ao mesmo objetivo”, disse o ministro, que não quis antecipar detalhes do pacote.

A enunciação foi dada no início da tarde depois de o ministro se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A reunião aconteceu na residência solene da presidência da Câmara e durou pouco mais de uma hora. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lima recebeu no Palácio do Planalto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Haddad disse ter levado a Lira o concepção e as contas das medidas que devem ser incluídas no pacote, e que serão formalizadas por meio de um projeto de lei e de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). “O presidente (da Câmara) conhece muito muito o busto, foi negociado com ele. Ele praticamente foi um correlator para conseguir recrutar pedestal e substituir o teto de gastos por um tanto que fosse mais sustentável no tempo. E ele sabe que, pela dinâmica das despesas, se nós não conseguimos colocar cada rubrica dentro da mesma lógica, fica difícil sustentar o busto no tempo”, relatou Haddad.

Seguro-desemprego

Haddad foi questionado ainda sobre a inclusão ou não de mudanças no seguro-desemprego no pacote – medida que chegou a entrar na mira da equipe econômica, mas que sofreu críticas do ministro do Trabalho, Luiz Oceânico. Haddad respondeu, porém, que não poderia falar sobre pontos específicos do pacote.

“Quando chegar a data, eu vou anunciar em detalhes, mas o espírito universal vocês já conhecem, que é um tanto que eu estou defendendo muito antes de os debates com os ministérios começarem. A teoria de que, para o busto fiscal dar evidente, ele tem de ser reforçado num segundo momento”, afirmou ele. “Tinha a regra universal que foi estabelecida no ano pretérito, e agora aquilo que está saindo da regra universal, nós temos de procurar colocar dentro desse mesmo guarda-chuva, para que ele seja sustentável no tempo. Esse é o princípio.”

Leia Também: Alckmin descarta risco à segurança do G20 após ‘atentado a uma instituição da República’