Milhares de argentinos protestaram em Buenos Aires nesta quarta-feira (24) contra as medidas de austeridade econômica e as reformas do novo presidente, Javier Milei. O protesto foi convocado pela principal central sindical argentina, a Confederación General del Trabajo (CGT), e incluiu uma greve geral de 12 horas.
Segundo a agência de notícias Reuters, a manifestação contou com representantes de vários setores da sociedade e é a maior demonstração de oposição aos planos do ultraliberal Milei para cortes de gastos e privatizações desde que ele assumiu o cargo, no mês passado.
“O primeiro corte que este governo está fazendo é aos trabalhadores”, disse Pablo Moyano, líder do sindicato dos caminhoneiros, citado pela Reuters. “A reforma trabalhista deles visa tirar os direitos dos trabalhadores”.
A greve geral começou às 12h00 (horário local) e afetou os transportes, os bancos, os hospitais e os serviços públicos. O governo argentino, no entanto, garantiu que “não há greve que nos detenha, não há ameaça que nos intimide”.
“São sindicalistas mafiosos, gestores da pobreza, juízes cúmplices e políticos corruptos, todos a defender os seus privilégios, resistindo à mudança que a sociedade escolheu democraticamente”, afirmou Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina.
Ao assumir a presidência há um mês, o liberal Javier Milei acabou com a emissão monetária e adotou uma política que pretende acabar com o déficit fiscal de 5,2% em apenas um ano.
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