A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que irá questionar a gigante tecnológica Google sobre a recente renomeação do Golfo do México uma vez que “Golfo da América” nos mapas dos Estados Unidos, em conformidade com uma ordem assinada pelo presidente Donald Trump.

 

Durante sua coletiva matutino, Sheinbaum argumentou que o decreto de Trump se aplica exclusivamente à plataforma continental sob jurisdição norte-americana, não às águas internacionais. “Vamos enviar uma missiva à Google, primeiro para perguntar se a empresa compreende essa eminência internacional e se reconhece qual é a organização responsável pela nomeação dos mares internacionais”, declarou.

A governante ironizou a decisão e sugeriu que, seguindo essa lógica, poderia solicitar que os Estados Unidos passassem a ser chamados de “América Mexicana”, relembrando que mapas do século XVII utilizavam essa terminologia para a região que hoje compreende os EUA e o Canadá.

Na terça-feira, a Google anunciou na rede social X que a mudança reflete o atual nome solene da espaço conforme estabelecido por Washington. No entanto, Sheinbaum destacou que a nomenclatura de um mar internacional não pode ser alterada unilateralmente por um único país, reforçando que a questão deve ser tratada por uma organização internacional competente.

“Amanhã [quinta-feira], vamos propalar a missiva que estamos enviando hoje, porque é fundamental esclarecer os fatos e prometer que as publicações estejam no devido contexto”, afirmou a presidente.

Sheinbaum também citou uma reportagem do jornal britânico The Telegraph, que afirmou que o Reino Unificado não reconhecerá a novidade denominação imposta por Trump. “Não pode ser exclusivamente uma definição unilateral de um país. Um governo tem jurisdição sobre seu território, mas não sobre águas internacionais”, concluiu.

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