Mediana das projeções para o IPCA de 2025 sobe de 4,84% para 4,96% no Focus do BC

A mediana das projeções do mercado financeiro no relatório Focus do Banco Meão para o Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Espaçoso (IPCA) de 2025 subiu pela 11ª semana consecutiva, e saltou de 4,84% para 4,96% – supra do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,40%. Considerando exclusivamente as 102 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,00% para 5,09%.

 

A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA amontoado em 12 meses. O meio continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (1,5% a 4,5%). Se a inflação permanecer supra ou inferior do pausa de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o mira.

A estimativa intermediária para a inflação de 2024 passou de 4,91% para 4,90%, também supra do teto, de 4,50%. Quatro semanas detrás, estava em 4,71%. Levando em conta exclusivamente as 103 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,94% para 4,90%.

A mediana para a inflação de 2026 passou de 4,0% para 4,01%, contra 3,81% de há quatro semanas. A projeção para 2027 passou de 3,80% para 3,83%, de 3,50% um mês antes.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 uma vez que horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).

Também no cenário de referência, o Banco Meão espera que o IPCA termine 2024 em 4,90% e desacelere a 4,50% em 2025.