O ano de 2021 começa com as categorias de base envolvidas em uma cruel dúvida. A paralisação das atividades encarada por garotos de várias idades tem desafiado os gestores e treinadores a quantificar qual foi o prejuízo técnico e físico. A avaliação de alguns é que, ao terem de trocar os treinos presenciais pelas atividades online, os garotos podem ter perdido um tempo precioso de formação.
O retorno das competições sub-17 e sub-20 em meados de setembro, após seis meses de paralisação, indicou alguns caminhos. As categorias inferiores ainda não puderam retomar as atividades, mas é certo que o longo tempo distante da bola e dos treinos convencionais precisará ser recuperado.
“A sub-20 e a sub-17 são as únicas categorias que voltaram presencialmente ao CT. Usamos isso como parâmetro. As equipes apresentaram de 70% a 75% do perfil físico. Para nós, isso é uma grande vitória”, explicou o coordenador das categorias de base do Atlético-MG, Júnior Chávare.
Até mesmo os coordenadores das categorias de base de vários clubes têm se unido para trocar informações sobre o trabalho que desenvolvem. Por ainda não ter previsão de quando as categorias abaixo do sub-17 poderão voltar, as equipes vivem uma apreensão. “As categorias abaixo do sub-15 devem ter uma perda significativa na formação por se tratar de idades sensíveis ao aprendizado motor e recrutamento de fibras”, explicou o coordenador técnico da base do São Paulo, Pedro Smania.
O técnico sub-20 do Fluminense, Eduardo Oliveira, entende que um foco grande de atenção nessa retomada deve ser o oposto, em especial garotos entre 19 e 20 anos. “Quanto mais jovem, mais tempo de recuperação ele tem. Os meninos do sub-11 ao sub-14, por exemplo, sequer retornaram aos CTs. Mas como eles possuem até oito anos pela frente para poder dar prosseguimento ao processo de evolução, eles vão sentir menos”, disse.
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