Vanderlei Luxemburgo apareceu sorridente em mais uma entrevista coletiva, desta vez após a vitória de virada por 3 a 1 do Corinthians sobre o Coritiba, na Neo Química Arena. O treinador completou 11 jogos de invencibilidade neste domingo e finalizou a 19ª e última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro abrindo vantagem para a zona de rebaixamento.
“A prioridade é o Campeonato Brasileiro. Eu acho que essa vitória de hoje foi a mais importante que a gente teve dentro do trabalho que nós temos aqui”, disse o técnico, que completou já projetando o próximo compromisso “Ah, mas vai disputar uma semifinal, uma final de Copa do Brasil… nós estávamos com uma turbulência muito grande no Corinthians e vivendo uma situação muito desconfortável. Então você primeiro tem que sair dali, porque a cobrança é muito forte”.
Na quarta-feira, às 19 horas, o Corinthians enfrenta o São Paulo pelo segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil no Morumbi. O time de Luxemburgo tem a vantagem da vitória no primeiro confronto por 2 a 1 e pode se classificar até com um empate fora de casa. O treinador não quis dar detalhes sobre o plano para o clássico, mas disse não ter problema em jogar mais recuado.
“Você, na casa do adversário, com ele marcando em cima, não tem porque tentar sair jogando. O chutão faz parte do jogo de futebol. Se eu tenho vantagem, eu tenho que tirar a bola de perto e adiantar a marcação pra poder marcar na segunda bola. Eu não porque tentar sair jogando”, disparou o técnico, que completou: “O chutão também é uma marcação”.
Para o jogo no Morumbi, o Corinthians terá o retorno de Gabriel Moscardo completamente recuperado de uma apendicite. O volante jogou 45 minutos contra o Coritiba e foi substituído no intervalo. Para Luxemburgo, o jogador de apenas 17 anos ganhou uma oportunidade na Neo Química Arena para, aos poucos, recuperar a condição de jogo.
“Entrei com o Moscardo pra ver como ele iria se posicionar, como que estaria a condição dele. Mudando o jeito de jogar da equipe, com o Juan pelo lado. Estava dentro de um planejamento. O jogador voltando de lesão, parado, o ritmo de jogo é completamente diferente”, disse.
Para fechar, o treinador de 71 anos brincou com o dia dos pais, celebrado neste domingo, 13, e falou um pouco sobre a sua relação com o elenco do Corinthians. Para ele, além da parte técnica e tática, também é importante a relação do técnico com os jogadores, o controle emocional e o apoio nos bons e maus momentos em uma carreira de atleta.
“Eu fui criado por uma geração de técnicos ex-jogadores. No Flamengo eu tive o Modesto Bría, não é da época de vocês, Jayme Valente, Joubert Luís Meira, que foi o grande pai nosso. Quando você está dentro de um grupo, você tá mais tempo com esses jogadores do que a própria família, então você tem que ser um segundo pai para eles. Tratá-los com respeito e ser duro quando tem que ser, como um pai”, afirmou.