Lula volta a tutorar gastos com ensino e saúde antes de agenda com banqueiros

 (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a tutorar nesta quarta-feira (16) gastos com saúde e ensino, posteriormente Fernando Haddad (Quinta) tutorar a renovação de despesas.

 

O superintendente do Executivo disse que é preciso saber para quem governar e mencionou que, dos 213 milhões de brasileiros, 81 milhões ganham no supremo três salários mínimos. A fala ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto, no Dia Mundial da Sustento, antes de encontro de Lula com banqueiros.

Lula disse que a única opção para governar um país grande e desigual uma vez que o Brasil é dar preferência aos mais pobres, na hora de utilizar recursos públicos.

“Qual é o problema que nós enfrentamos? É um problema que repercute nas manchetes dos jornais, repercute nos editoriais dos jornais, repercute no chamado mercado. Toda vez que a gente está cuidando de fazer política social é tratado uma vez que gasto. Não é à toa. Foi uma fundamento de palavras criadas para induzir a gente a determinados erros”, completou, sem explicar quais erros seriam esses.

Lula comparou a situação com a de um empresário que decide fazer investimentos da empresa para melhorar a situação do trabalhador, por exemplo. “No caso do governo, do estado e da prefeitura é o seguinte: você vai colocar mais numerário na saúde, é gasto. Você vai colocar mais numerário na ensino, é gasto”.

As declarações foram feitas durante exposição na cerimônia de assinatura do Projecto Pátrio de Aprovisionamento Fomentar, o “Manjar no Prato”, e do Projecto Pátrio de Agroecologia e Produção Orgânica, no Palácio do Planalto, em decorrência do Dia Mundial da Sustento.

A agenda seguinte do presidente foi com banqueiros. Apesar de já ter recebido representantes do setor individualmente, oriente foi o primeiro grande encontro com nomes das principais instituições financeiras do país.

Em seguida o encontro, o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, disse que o presidente Lula assim uma vez que os ministros Fernando Haddad (Quinta) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), têm “firme compromisso” com estabilidade fiscal.

O executivo afirmou também que é preciso dissipar ruídos, e que o governo passa por uma ensejo econômica favorável. Para ele, isso deveria levar a mudanças estruturais, sem proferir de que forma.
As falas de Lula ocorrem num momento em que a equipe econômica, a dois meses e meio do término do ano, procura formas de regenerar as despesas para impedir que elas inviabilizem o busto fiscal.

À reportagem, o ministro Fernando Haddad disse que é “premente” e está “na ordem do dia” modificar a dinâmica dos gastos do governo e o impacto deles na dívida pública -que só cresce.

Na mesma entrevista, o ministro falou em “batata quente” dos gastos no país, com “questões estruturais que precisam ser resolvidas”.

É tão urgente resolver o problema que a renovação das despesas deve ocorrer antes mesmo da reforma tributária sobre a renda, até logo prevista para ser enviada ao Congresso até o término do ano, disse.

Haddad afirmou ainda que Lula “conhece o contexto e está vigilante”, e que é verosímil resolver essa questão prioritária sem transformar o Brasil na Argentina, em que a taxa de pobreza disparou para 52,9% depois do ajuste fiscal promovido pelo presidente Javier Milei.

O governo prepara medidas de contenção de gastos obrigatórios para apresentar ao Congresso posteriormente a realização do segundo vez das eleições, em 27 de outubro.

Um primeiro pacote buscará tratar pontualmente de gastos específicos, iniciativa que deve ser acompanhada de um segundo eixo com propostas mais estruturais e “mais duras”, acrescentou, sem dar detalhes.

Uma das medidas em estudo na Quinta para trinchar despesas é limitar os supersalários no setor público e mudanças no figura do seguro-desemprego.

Um integrante da equipe econômica confirmou à reportagem que a teoria é buscar um entendimento no Congresso para aprovação do projeto de lei que regulamenta os supersalários e limita a poucas exceções o pagamento fora do teto remuneratório do funcionalismo, que tem uma vez que base o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federalista), atualmente em R$ 44 milénio.

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