BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governador do Pará, Helder Barbalho, disse nesta quarta-feira (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Belém como sede para a COP-30, conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) para mudanças climáticas.
O Brasil já pleiteia junto às Nações Unidas para que o país seja sede do evento, que ocorrerá em 2025. Helder foi reeleito ao governo do estado em outubro e também é presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia.
“O presidente acaba de anunciar que Belém é a cidade escolhida pelo Brasil e já encaminhou através do Itamaraty a formalização de que o Brasil reforça sua candidatura”, disse a jornalistas, no Palácio do Planalto.
“Belém é a cidade escolhida para sediar a COP-30, em 2025, representando certamente um momento histórico em que a Amazônia estará a receber o maior evento em discussão climática do mundo”, completou.
Helder teve uma reunião com o petista no Planalto na manhã desta quarta. Esta era uma demanda do governador, que fez o pedido oficial ao chanceler Mauro Vieira na véspera, com o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), como mostrou o Painel.
A realização do encontro climático na Amazônia foi uma promessa feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda durante a transição, ao participar da edição do evento realizada no Egito, no ano passado.
Na ocasião, ele disse que falaria com o secretário-geral da ONU para pedir que o evento ocorresse no Brasil.
“Eu estou aqui para dizer para vocês que o Brasil está de volta ao mundo. O Brasil está saindo do casulo a que ele foi submetido ao longo dos últimos quatro anos. O Brasil não nasceu para ser um país isolado”, afirmou o petista à época.
Nesta manhã, Helder foi questionado sobre a possibilidade de aumentar o efetivo do Ibama e do ICMBIO, demanda das carreiras que estão com poucos servidores, Helder disse que é fundamental a estruturação dos órgãos de fiscalização, sem entrar em detalhes sobre eventuais novos concursos.
“Todos estamos em sintonia de que é fundamental que se combatam ilegalidades ambientais e, para tal, é fundamental que os órgãos fiscalizatórios estejam estruturados, sejam os de esfera federal, particularmente, Ibama e ICMBIO, a convocação, se necessário for das Forças Armadas, para atuar nas nas atividades de campo, como também os estados precisam cada vez mais avançar estruturando nas suas jurisdições a sua fiscalização”, afirmou.
A respeito de novas GLOs (Garantia da Lei e da Ordem) na região, como fez o governo de Jair Bolsonaro (PL), Helder disse também, nesta manhã, defender toda e qualquer iniciativa para aumentar a fiscalização, mas disse que o instrumento de enviar militares para isso não está em estudo.
Ele disse ainda que alinhou com o presidente a construção de um grupo transversal para discutir o modelo de desenvolvimento da Amazônia, “que passe pelo enfrentamento de maneira ativa e forte do combate às ilegalidades ambientais, mas por outro lado se construa de maneira transversal o novo modelo de desenvolvimento econômico”.
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