Liz Truss revela última conversa antes do falecimento da rainha Elizabeth

Liz Truss, ex-primeira-ministra do Reino Unido, compartilhou as últimas palavras que ouviu da rainha Elizabeth II (1926-2022) durante o encontro que marcou sua posse em 6 de setembro de 2022, apenas dois dias antes do falecimento da monarca aos 96 anos.

Truss lançará seu livro intitulado ‘Ten Years to Save the West’ (‘Dez anos para salvar o Ocidente’) na próxima terça-feira (16). Segundo o The Sun, que teve acesso antecipado ao conteúdo, ela relatará seu último encontro com a rainha Elizabeth II.

Elizabeth, que reinou por 70 anos e viu 14 primeiros-ministros passarem pelo país, considerou Liz Truss a 15ª e última nesta lista. “Vejo você novamente na semana que vem”, disse Elizabeth à política. No entanto, dois dias depois, veio a notícia de sua morte.

Em uma entrevista recente a um programa do jornal britânico The Sun, Truss destacou a sabedoria e a atenção da rainha. “Ela estava incrivelmente ciente de absolutamente tudo o que estava acontecendo”, afirmou.

No livro, Truss relembra o encontro do dia 6 de setembro de 2022, descrevendo como Elizabeth a recebeu em sua sala de estar. A ex-premiê enfatiza a lucidez da rainha, ressaltando que durante a discussão política, Elizabeth demonstrou estar completamente sintonizada e foi perspicaz e espirituosa.

Liz Truss compartilhou uma dica sábia que recebeu da experiente monarca. “‘Ser primeira-ministra’, ela me avisou, ‘é extremamente envelhecedor’. Ela também me aconselhou: ‘Vá com calma’.”

“Talvez eu devesse ter ouvido”, admitiu Truss no livro. Ao saber da morte de Elizabeth, ela se sentiu perseguida pelo destino. “Ouvir isso apenas no meu segundo dia inteiro como primeira-ministra pareceu totalmente irreal”, confessou. Truss lembra de ter sido dominada por um profundo sentimento de tristeza e de ter desabado em lágrimas ao ver o caixão da rainha retornar a Londres no fim de semana seguinte.

Do ponto de vista dela, foi um azar ter vivido esse momento tão emblemático, já que Liz Truss ficou no cargo apenas 44 dias antes de renunciar e se tornar a primeira-ministra mais breve da história britânica, após sofrer muita pressão.
 
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