VICTORIA AZEVEDO E JOÃO GABRIEL
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que sua saída do função encerra um ciclo de trabalhos, num oração de despedida aos parlamentares, encerrando os quatro anos em que esteve adiante da Lar.
Posteriormente uma breve fala neste sábado (1º), antes das eleições para a novidade Mesa Diretora da Lar, ele apertou a mão do seu provável sucessor, Hugo Motta (Republicanos-PB).
“A Câmara hoje encerra um ciclo de uma governo que eu quera agradecer imensamente, na figura do meu vice-presidente, Marcos Pereira”, disse Lira, se dirigindo ao presidente do Republicanos e que foi fiador da escolha de Hugo Motta.
Ele também agradeceu aos líderes, disse que deixa um legado, mas não respondeu sobre seu horizonte depois deixar a presidência da Lar.
“Muita convergência, muito diálogo, muito trabalho, muita fala, muitas entregas. Esse sempre foi o legado que a gente construiu e tentou deixar para a Câmara dos Deputados”, avaliou sobre sua passagem pelo função.
Também disse: “Sempre fui muito grato e muito orgulhoso de ter sido até hoje o deputado mais votado [para a presidência] da Câmara dos Deputados. Agora, ficarei muito mais orgulhoso, e trabalhei muito mais para isso, se Hugo Motta tiver um voto a mais que eu”.
Hugo Motta tem suporte formal de 17 dos 20 partidos e foi o nome escolhido pelo próprio Lira. Também são candidatos Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Além da presidência, os deputados também votarão neste sábado nos demais integrantes da Mesa Diretora: duas vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências.
Na sexta (31), Lira recebeu deputados do PT ao PL num jantar de despedida na residência solene da presidência da Câmara. Anfitrião, o alagoano não discursou. Passaram por lá presidentes de partidos, líderes e um ministro do governo federalista: André Fufuca (Esporte), deputado federalista licenciado do PP.
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha também esteve entre os convidados, assim porquê Hugo Motta, que posou para fotos e cumprimentou todos os presentes.
Em dezembro, na última sessão da Lar antes do recesso parlamentar, Lira falou em “voltar ao soalho de fábrica”. Naquele dia, não deu sinalizações do que poderá fazer a partir de fevereiro e disse que segue a vida “sem planejar nem produzir expectativas”. Nos bastidores, no entanto, ele é cotado para assumir um ministério do governo Lula (PT).
A cúpula da Câmara já tem um traçado de reforma ministerial para acomodar Lira no primeiro escalão do petista. A teoria seria que ele ocupasse a pasta da Lavradio, hoje chefiada pelo senador licenciado Carlos Fávaro (PSD).
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