O líder norte-coreano Kim Jong-un supervisionou exercícios táticos conjuntos de forças especiais e unidades de tanques, realizados na última terça-feira (13), destacando que a preparação para a guerra é a missão mais urgente das Forças Armadas do país. A informação foi divulgada pela agência estatal KCNA nesta quarta-feira.
Durante a simulação, que envolveu demonstrações de ataque com drones e manobras militares complexas, Kim enfatizou que o principal foco das forças revolucionárias norte-coreanas deve ser o fortalecimento da chamada “frente de classe anti-imperialista” — referência à oposição aos Estados Unidos e seus aliados.
As manobras militares ganham relevância no momento em que a Coreia do Norte reconhece oficialmente ter enviado tropas para a Rússia, para apoiar Moscou na guerra contra a Ucrânia. Na semana passada, durante uma visita à embaixada russa em Pyongyang, Kim classificou a participação norte-coreana no conflito como “justificada”, afirmando que se trata do exercício de um direito soberano previsto em tratado de defesa mútua com o governo russo.
Imagens divulgadas pela imprensa estatal mostram soldados operando drones de combate — uma tecnologia que, segundo a inteligência sul-coreana, está sendo aprendida por tropas norte-coreanas treinadas por militares russos.
[Legenda]© Governo da Korea do Norte
A aliança militar entre Pyongyang e Moscou tem se intensificado. Estima-se que cerca de 15 mil soldados norte-coreanos tenham sido enviados à Rússia, principalmente para atuar em regiões de reconquista como Kursk. Em troca, a Coreia do Norte estaria recebendo armamentos e tecnologia militar de ponta, incluindo drones e sistemas de mísseis.
De acordo com analistas internacionais, essa colaboração sinaliza um realinhamento geopolítico preocupante, ampliando tensões com o Ocidente. A presença militar da Coreia do Norte na guerra da Ucrânia — e o fortalecimento da cooperação com a Rússia — representam um novo e significativo capítulo na dinâmica das alianças internacionais.
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