A Coreia do Sul acusou, no início da semana, a Coreia do Norte de uma tentativa de ataque cibernético à farmacêutica Pfizer para obter dados sobre a vacina. A denúncia foi feita pela deputada sul-coreana Ha Tae Keung, que explicou que Pyongyang tentou “obter tecnologia relacionada com o tratamento e vacina contra a Covid-19 utilizando ferramentas de guerra cibernética para piratear a Pfizer”.
Num comunicado enviado às redações a empresa tecnológica russa Kaspersky, especializada na produção de softwares de segurança, reagiu à acusação referindo que “situações como esta representam o aumento do número de ciberataques a organizações de saúde, bem como as suas consequências na atual situação pandêmica“.
“Tal como tínhamos relatado anteriormente, o grupo Lazarus já tinha atacado entidades relacionadas com a vacina para a Covid-19”, referiu Seongsu Park, um analista sênior da Kaspersky, acrescentando que “desde a publicação da nossa investigação inicial, temos vindo a monitorar a sua atividade, visando os dados relativos à vacina”.
E, refere o analista, “confirmámos que a empresa farmacêutica associada à nossa investigação anterior não é o único alvo do grupo. Há vários alvos adicionais de interesse”. No entanto, a empresa recusa “compartilhar a lista de empresas”, pois ainda se encontra “a investigar” a situação.
Estes avisos não são recentes. Autoridades internacionais e firmas de segurança já tinham alertado há vários meses sobre hackers norte-coreanos e russos visando organizações de pesquisa envolvidas no desenvolvimento da vacina Covid-19.
No caso da Kaspersky, o último alerta tinha sido feito em dezembro do ano passado. Nesse caso sobre o Lazarus Group, uma gang norte-coreana, que teria como alvo um ministério da saúde não identificado e um fabricante de medicamentos envolvido no desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus com o objetivo de roubar informações.
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