SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A paraibana Juliette Freire, que está prestes a lançar seu primeiro disco, diz que cantores nordestinos têm dificuldade de se firmar no mercado de música pop.
“As pessoas têm o péssimo hábito de achar que só porque sou nordestina devo cantar apenas forró. Isso não existe”, afirma a ex-BBB. “Nós somos múltiplos. No Nordeste chega todo tipo de música. Eu canto também música nordestina, mas não só isso.”
A cantora conta que houve rádios de música pop que só aceitaram tocar sua canção “Diferença Mara” com a condição de ela editar a faixa para apagar o som de sanfona. “Qual a lógica de tirar um instrumento? Banda de rock internacional usa sanfona. É um pensamento tão pequeno e limitador.”
“A xenofobia empobrece nossa cultura. [Meu sotaque] causa estranhamento. A gente vicia em cantar como o mercado impõe”, acrescenta. “Todo artista que se propõe a fazer algo diferente causa estranhamento. Se esse for o preço, tudo bem. Que uma criança possa entender [ao me ouvir] que ela pode ser paraibana e cantar pop ou o que quiser.”
Juliette começou sua carreira musical logo que saiu campeã do Big Brother Brasil em 2021. Naquele ano, ela lançou um EP com canções como “Diferença Mara” e “Bença”. “Ciclone” é o nome do seu vindouro álbum.
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