ANA CORA LIMA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Existem personagens que marcam a curso de um ator, e Juliana Silveira, 44, sabe muito muito disso. Vinte anos depois de interpretar a protagonista da romance “Floribella”, exibida na Band, a atriz ainda tem seu nome atrelado à mocinha. “Não tem um lugar que eu vá em que as pessoas não me chamem de Maria Flor. É incrível”, diz.
E foi justamente por razão dessa memória afetiva do público que Juliana decidiu gerar um espetáculo para reviver a personagem. A atriz escreveu o roteiro, reuniu alguns amigos e montou o espetáculo. Patrocínio? Não há. Ela está bancando a produção do próprio bolso. Sabe investir num sonho? Pois é.
“Tenho alguns apoios, mas a grana é toda minha. Investi nesses primeiros quatro shows (o último, no Studio Stage, em São Paulo, neste sábado (25), já está com os ingressos esgotados) para ver que era verosímil”, diz. A equipe conta com 15 pessoas, “é um projeto grandinho”, segundo ela. “A intenção é ir para outras cidades, palcos maiores. O que não me falta é paixão, coragem e vontade de empreender”.
Juliana começou porquê assistente de palco de Angélica no Clube da Garoto, na extinta TV Manchete, e depois fez a Oficina de Atores da Orbe. Na emissora carioca, atuou em produções porquê “Malhação”(1999 e 2002), “Laços de Família” (2000), “Brava Gente” (2001), entre outras, até que foi chamada pela Band para protagonizar “Floribella”, em 2005.
A atriz teve a chance de retornar à Orbe dois anos depois, mas recusou o invitação. “Quando fui conversar com os diretores, me ofereceram uma prostituta no horário superior. Não pude admitir por uma questão contratual ainda vigente de 12 meses, por razão da imagem da Maria Flor. Não me chamaram mais”, lembra.
Ela foi para a Record e acabou ficando 11 anos. “Amadureci na emissora. Peguei a minha primeira protagonista de uma romance madura, “Chamas da Vida”, de 2008, um sucesso de audiência até hoje. Todo mundo também adora a Carolina. Depois fui fazendo outros e mais outros trabalhos na morada”, diz ela, que atualmente está na série Estranho Paixão, do AXN, baseada em casos reais de feminicídio no Brasil.
“Também estou com alguns testes para fazer. Mas minha cabeça está muito voltada para esse projeto da ‘Floribella’. Estou torcendo para que dê notório, mas não posso parar. Tenho que continuar correndo detrás dos trabalhos, e é isso que me move”.
Leia Também: Filho de Luciano Camargo faz 36 anos, e mãe alfineta o cantor