O austríaco Josef Fritzl, que manteve a filha Elisabeth em cativeiro por 24 anos numa cave subterrânea em Amstetten, na Áustria, vai ser transferido para uma prisão comum, antes de possivelmente ser libertado em março. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) por um tribunal austríaco.
Fritzl, de 88 anos, estava numa prisão para reclusos “mentalmente anormais” desde a sua condenação, em 2009, por incesto, violação, escravatura, coação e homicídio, por negligência do seu filho recém-nascido.
O objetivo da transferência é que Fritzl, que se diz mentalmente incapaz, seja acolhido num lar de idosos, onde deverá passar o resto dos seus dias.
A advogada de Fritzl, Astrid Wagner, disse ao jornal austríaco Kronen Zeitung que já está a “tratar da obtenção de uma autorização de saída condicional”.
“Se o pedido for aprovado, o que presumo que será o caso, gostaria de garantir que ele é colocado num lar para pessoas frágeis”, disse, na semana passada.
A decisão da transferência foi tomada com base num relatório de uma especialista em psiquiatria forense da Universidade de Linz, que indicou que Fritzl parece confuso nas entrevistas que concede, falando em visitas familiares que nunca aconteceram. Há ainda relatos de que ele terá sofrido várias quedas na prisão e que necessita de um andarilho.
Fritzl foi condenado a prisão perpétua em 2009.
Leia Também: Seis pessoas são encontradas mortas em deserto da Califórnia