Depois a proposta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar palestinos da Fita de Gaza, o governo de Israel determinou que seu Tropa elabore um projecto para facilitar a “saída voluntária” da população do território.
O pregão foi feito nesta quinta-feira (6) pelo ministro da Resguardo, Israel Katz. “Dei instruções para preparar um projecto que permita a saída de qualquer residente de Gaza que deseje, para qualquer país que queira aceitá-los”, declarou. Segundo ele, a proposta prevê rotas terrestres, além de opções de saída por mar e ar, mas sem fornecer detalhes sobre a logística.
A medida foi muito recebida por políticos da extrema direita israelense, porquê Itamar Ben-Gvir, ex-ministro da Segurança Pátrio, e Bezalel Smotrich, atual titular das Finanças.
Netanyahu apoia Trump, mas evita detalhes sobre projecto americano
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, elogiou a proposta de Trump durante uma entrevista à emissora conservadora Fox News. “O que há de falso nisso? Eles podem trespassar, podem depois voltar, podem se realocar e voltar. Mas é preciso reconstruir Gaza”, afirmou.
A enunciação de Netanyahu veio posteriormente Trump sugerir que os Estados Unidos poderiam enviar tropas para ocupar Gaza e transformá-la em um núcleo de desenvolvimento econômico, chamando o território de uma provável “Riviera do Oriente Médio”. A proposta foi amplamente criticada, tanto por aliados americanos na Europa quanto por adversários porquê China e Rússia.
O chanceler israelense Gideon Sa’ar declarou que ainda não há detalhes sobre o projecto e minimizou qualquer chance de mediação militar americana na região. Netanyahu também afirmou não confiar que os EUA financiem diretamente a reconstrução de Gaza.
O conflito, que começou com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, resultou em 1.200 mortes no primeiro dia da ofensiva palestina e já ultrapassa 47 milénio mortos na Fita de Gaza. Desde 19 de janeiro, há um frágil cessar-fogo em vigor, com negociações em curso para a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
A sugestão de Trump de realocar palestinos para países vizinhos, porquê Egito e Jordânia, foi comparada por críticos ao incidente da nakba (“catástrofe”, em mouro), que marcou a expulsão de palestinos durante a instauração do Estado de Israel em 1948. Organizações de direitos humanos e a ONU classificam a proposta porquê uma tentativa de limpeza étnica, alegando que não existe “saída temporária” para os refugiados.
Diante da ruína em Gaza, onde a ONU estima que 90% das construções foram danificadas ou destruídas, a reconstrução deve levar décadas e depender de financiamento internacional. Países porquê o Procurar são apontados porquê potenciais financiadores do projeto.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a proposta de Trump, classificando-a porquê “ininteligível” e reforçando suas acusações contra Israel por supostos crimes de guerra em Gaza.
A guerra intensificou o cenário de instabilidade no Oriente Médio. Além de Gaza, o governo israelense ampliou sua presença na Cisjordânia e manteve ataques contra alvos ligados ao Hezbollah no Líbano e a milícias apoiadas pelo Irã. A política de colonização israelense também dificulta a viabilização de um Estado palestino na Cisjordânia, conforme previsto nos acordos de sossego assinados em 1994.
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