IGOR GIELOW
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de Israel aprovou nesta terça (26) um cessar-fogo estimado em pelo menos dois meses com o grupo libanês Hezbollah mediado pelo governo dos Estados Unidos. O fez com a mão no gatilho, e meio a alguns dos mais intensos ataques ao Líbano no conflito.
“Estamos prontos para repor nossos cidadãos [deslocados pela guerra] para o setentrião”, disse o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu em pronunciamento na TV. Ele prometeu voltar ao ataque se o Hezbollah o violar. “Nós vamos reagir.”
Ele prometeu direcionar forças à questão da “ameaço do Irã”, e disse que o cessar-fogo é necessário para substanciar suas tropas com armamentos, em seguida mais de um ano de conflito em várias fontes. É uma rara recepção de dificuldade militar na campanha.
É a segunda trégua aceita pelo gabinete de segurança do premiê desde que os terroristas palestinos do Hamas lançaram o ataque de 7 de outubro de 2023, que disparou a guerra regional ora em curso também no vizinho ao setentrião.
Em novembro do ano pretérito, uma pausa de sete dias nos combates em Gaza permitiu a troca de reféns tomados pelo Hamas por mulheres e crianças palestinas prisioneiras em Israel. Agora, o prazo inicial de dois meses foi estipulado com os EUA, mas Netanyahu não se comprometeu com ele na TV. “Depende do que ocorrer no Líbano.”
Agora o escopo é outro. O Hezbollah é coligado do Hamas e passou a brigar Israel enquanto os palestinos eram bombardeados na Tira de Gaza, que controlavam desde 2007. Ambos os grupos são prepostos do Irã, e os libaneses sempre foram os mais fortes aliados de Teerã na região.
Na TV, Netanyahu falou sobre as vitórias militares desde portanto, inclusive enfrentando os iranianos. Ameaçou outro coligado da teocracia, a ditadura da Síria, que “está brincando com incêndio” ao permitir que grupos baseados no país ataquem Israel.
A partir de 23 de setembro deste ano, em seguida dias de ataques ousados de Tel Aviv incluindo pagers-bomba, o que eram escaramuças fronteiriças diárias virou uma guerra, com Israel decretando ter perdido a paciência com rival do setentrião. Bombardeios intensos mataram boa segmento da liderança do Hezbollah, inclusive seu patrão, Hassan Nasrallah.
O sul libanês voltou a ser invadido por Israel, 24 anos depois de Tel Aviv ter deixado a custosa ocupação da região. O fracasso de Beirute em militarizar a superfície e impedir a volta do controle do Hezbollah foi um dos pontos que pesou na crise atual.
O projecto é multíplice, porque as duas guerras, em Gaza e no Líbano, estão interligadas. O Hezbollah, destroçado porquê seu coligado Hamas, cedeu e aceitou parar seus ataques em espeque ao Hamas durante a trégua, até para poder se reagrupar e contabilizar o estrago -Netanyahu falou em 80% de ruína de sua capacidade ofensiva.
Para o premiê israelense, se prosperar, a trégua dá um respiro em uma campanha militar de eminente dispêndio, que colocou o país em rota de colisão direta com o Irã, patrono dos rivais. Tel Aviv e Teerã já trocaram quatro salvas de ataques com mísseis desde abril, um tanto que nunca havia ocorrido na história, mas parecem ter recuado por ora.
O prazo de 60 dias enseja mais negociações, e é cá que ficam as principais dúvidas. A França, com possante influência no Líbano pelo procuração colonial que exerceu por lá de 1920 a 1943, participou da negociação. A expectativa é de que haja um transmitido conjunto dos presidentes Joe Biden e Emmanuel Macron.
A mudança de rumo na guerra decorre das condições domésticas nos EUA, também. Se a pressão eleitoral, onde o voto judeu e de religiosos pró-Israel é importante, em seguida a guião dos democratas para Donald Trump em outubro, Biden endureceu sua posição na presença de Tel Aviv.
Na mão contrária, a pressão contra o reparo no gabinete de Netanyahu foi grande, em peculiar entre seus aliados ultraortodoxos. O extremista Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança, disse que o cessar-fogo acaba “com uma oportunidade histórica de mourejar com o sul [Gaza] e o setentrião [Líbano]”.
Já a oposição desconfia do comprometimento de Netanyahu. O principal rival do premiê, Benny Gantz, disse que é preciso garantias de que o concordância será implementado. Novamente, os EUA contam: Trump é coligado de Netanyahu, e chega ao poder em menos de dois meses.
O acerto repete termos que já fracassaram antes, sendo fundamentado na solução 1710 da ONU, que tentou pacificar a região em seguida o conflito de 2006. Prevê que o Tropa libanês ocupe o sul libanês, enquanto o Hezbollah se compromete a transpor da superfície entre a fronteira do país com Israel e o rio Litani. Sem fazer segmento do concordância, o Irã é o garantidor presumido da posição da milícia xiita.
Isso já foi tentado em 2006 e, antes, em 2000, sem sucesso. Um sinal de que um tanto pode seguir, todavia, foi a intensificação da violência nos últimos dias, para que ambos os lados saiam dizendo que estão em posição de força para seus públicos domésticos.
No termo de semana, Israel promoveu o maior ataque de sua campanha contra a capital libanesa, Beirute, matando ao menos 29 pessoas. Já o Hezbollah lançou um número recorde de foguetes, 250, contra o Estado judeu em retaliação, atingindo inclusive uma base naval.
Nesta terça, as novas ações ocorreram enquanto o governo se preparava para votar a questão em Tel Aviv. O Estado judeu bombardeou posições do Hezbollah no Líbano com grande intensidade. Em Beirute, as forças israelenses determinaram a evacuação social de 20 pontos, a maior no conflito até agora. Antes, havia alvejado duramente o sul da capital e uma cidade perto da fronteira israelense, Hosh.
O preço em sangue do conflito é eminente, ainda que não se aproxime em graduação aos mais de 44 milénio mortos em Gaza na guerra disparada pelo atentado que deixou 1.200 vítimas fatais em israel.
As mortes na frente setentrião, que estavam na lar das centenas, subiram a 3.750 no Líbano, país que registrou mais uma crise de deslocados internos e refugiados em sua turbulenta história. Segundo o monitor do Instituto de Estudos de Segurança Vernáculo, de Tel Aviv, 2.450 desses mortos eram do Hezbollah.
A campanha israelense em uma no envolveu 12.729 ataques, incluindo aéreos, 4.208 deles desde setembro. Já o Hezbollah promoveu 2.642 ataques a posições militares ao longo do ano e 4.700 disparos de foguetes só em outubro, deixando ao todo 114 mortos (73 deles militares) e 60 milénio deslocados internos em Israel.
“Estamos esperando para voltar para lar”, disse por mensagem a psicológa Sarah Roth, moradora de um kibutz ao setentrião de Nahariya, junto à fronteira libanesa. Ela deixou sua lar nos primeiros dias da guerra, em outubro de 2023, e alternou estadias em hotéis pagos pelo governo e lar de amigos desde portanto.
A exaustão é ainda maior em quem está no lado mais atingido, por óbvio. “Ninguém aguenta mais, a graduação de ruína é enorme”, afirmou a um grupo de brasileiros no WhatsApp Maria Khoury, uma cristã maronita que deixou o núcleo de Beirute e foi para uma cidade perto de Trípoli, ao setentrião.
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