Após três semanas de alta, a expectativa para o IPCA – índice de inflação oficial – de 2023 foi mantida em 5,08% no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 12, mesmo em meio ao forte aumento de gastos previstos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. No caso de 2024, a projeção continuou em 3,50% pela sétima semana seguida. Há um mês, as medianas eram de 4,94% e 3,50%, respectivamente.
No caso de 2022, por sua vez, a estimativa para a alta do IPCA arrefeceu de 5,92% para 5,79%, de 5,82% quatro semanas antes. Considerando somente as 39 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,94% para 5,67%. Para 2023, cedeu de 5,11% para 5,05%.
A previsão para 2025 subiu de 3,00% para 3,02% após 73 semanas de estabilidade.
As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta referentes a esses horizontes (de 5,0% e 4,75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central. Para 2024 e 2025, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas aquém do limite superior de 4,50%.
Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.
No Copom deste mês, o Banco Central atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,0% em 2022, 5,0% em 2023 e 3,0% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida.
A expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de 5,28 para 5,24% – há um mês, estava em 5,15%.
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