Indígenas e policiais entram em conflito em MS durante protesto por falta de água

PORTO ALEGRE , RS (FOLHAPRESS) – Um protesto de moradores de aldeias da suplente indígena de Dourados terminou em conflito com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (27).

 

Vídeos feitos por moradores da suplente indígena mostram policiais do batalhão de choque da PM imobilizando alguns manifestantes, e disparando tiros de borracha e bombas de gás. Os indígenas protestavam contra a falta de chuva nas aldeias Bororó e Jaguapiru, as duas maiores da suplente.

De convenção com o Cimi (Recomendação Indigenista Pregador), que acompanha o caso, os moradores denunciam problemas de desabastecimento há anos. A falta de chuva foi agravada em seguida a estiagem aguda que a região enfrentou neste ano, e indígenas dependem de açudes distantes.

Os protestos incluíram o bloqueio da rodovia MS-156, que conecta Dourados ao município de Itaporã, desde a segunda-feira (25).

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública disse que a Polícia Militar agiu para desobstruir a estrada bloqueada em seguida esgotar todas vias de negociação, e para prometer os direitos constitucionais.

Segundo a pasta, agentes removeram entulhos e focos de incêndio na pista com ajuda do Corpo de Bombeiros e de equipes da A gesul (Escritório Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), autonomia rodoviária do estado.

“O governo estadual reforça seu compromisso com a transparência, refutando iniciativas politico-eleitoreiras, e age em prol de um caminho de justiça e saudação”, disse a nota, sem se referir ou nomear quais iniciativas seriam essas.

Ainda não foi confirmado o número de presos e feridos na operação. Entretanto, o Cimi diz que os agentes agiram com brutalidade. “Conforme a Constituição Federalista, extensão indígena é de jurisdição federalista, ou seja, a ação da Polícia Militar na lugarejo Jaguapiru é proibido e, conforme lideranças ouvidas, se tornou generalidade”, disse a entidade em transmitido.

As aldeias Bororó e Jaguapiru formam a maior suplente indígena urbana do Brasil, com mais de 13 milénio moradores das etnias guarani, kaiowá e terena.
De convenção com a prefeitura de Dourados, um termo peculiar foi assinado no dia 22 de novembro junto ao DSEI-MS (Província Sanitário Peculiar Indígena de Mato Grosso do Sul) para edificar mais poços de chuva na região. Entretanto, ainda não há data para o início das obras.

A Funai (Instalação Pátrio dos Povos Indígenas) ainda não se manifestou sobre o caso.

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