A decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil terá impacto financeiro de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, conforme informação divulgada pela montadora no anúncio de fechamento de três fábricas no País. Do total, cerca de US$ 2,5 bilhões terão impacto direto no caixa do grupo americano, sendo, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.
Outros US$ 1,6 bilhão decorrem de impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos.
Segundo a Ford, cerca de US$ 2,5 bilhões entram no balanço de 2020 e US$ 1,6 bilhão nas demonstrações financeiras de 2021.
No anúncio da decisão, Lyle Watters, presidente da Ford na América do Sul, destacou que, após reduzir custos em “todos os aspectos do negócio” e encerrar produtos não lucrativos, incluindo o fim da produção de caminhões – o que gerou melhora de resultados nos últimos quatro trimestres -, o ambiente econômico desfavorável, agravado pela pandemia, deixou claro que seria necessário “muito mais” para dar sustentabilidade e rentabilidade à operação.
A montadora promete colaborar com “alternativas possíveis e razoáveis” para que partes interessadas adquiram as instalações que estão sendo fechadas.
A multinacional sustentou que todos os seus negócios são constantemente avaliados dentro de uma meta que visa a um fluxo de caixa forte e sustentável, mirando uma margem de rentabilidade medida pelo Ebit (lucro antes de despesas financeiras e impostos) de 8%.
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