RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O IBGE (Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística) anunciou nesta terça (8) que vai pesquisar os gastos dos brasileiros com jogos e apostas online, o que inclui as chamadas bets.
A investigação será feita dentro da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2024/2025, que irá a campo a partir de 5 de novembro, segundo o órgão.
As despesas com apostas integram 1 dos 7 questionários da pesquisa, intitulado “compra individual”.
“As bets são recentes. Portanto, o que a gente fez foi alguma modificação no questionário, de tal forma que a gente possa captar as bets e possa captar também outras modalidades de jogos e apostas eletrônicas, porque nem tudo é caracterizado uma vez que bet”, afirmou o técnico Leonardo Oliveira, gerente da POF, em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro.
O levantamento é um dos trabalhos mais importantes do IBGE. A coleta dos dados se estende por 12 meses. Seus resultados devem ser divulgados a partir de meados de 2026.
A diretora de Pesquisas do IBGE, Elizabeth Hypolito, afirmou que a novidade POF trará “muitos outros temas” além do foco do trabalho, que é a estudo sobre os gastos e os rendimentos individuais e dos domicílios.
Entre as novidades, a técnica citou a questão das bets, um teste sobre o uso do tempo pelos brasileiros e indicadores relacionados com meio envolvente e discriminação.
“Nesta edição 2024/2025, a gente tem algumas novidades. Tem quesitos que tratam dos impactos ambientais no habitação, da satisfação com a vida sob aspectos pessoais e financeiros, da discriminação sofrida nos seus mais diversos tipos, seja de gênero, orientação sexual, raça, etarismo, capacitismo, gordofobia, xenofobia etc”, afirmou a diretora.
Ao investigar uma vez que o orçamento das famílias é gasto no Brasil, a POF serve uma vez que base para a atualização da cesta de bens e serviços do índice solene de inflação, o IPCA (Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Extenso).
Por meio da pesquisa, é verosímil saber, por exemplo, quanto do orçamento dos brasileiros é talhado para compra de mantimentos, combustíveis, roupas, medicamentos e passagens de ônibus.
O levantamento é feito a partir de uma exemplar da população. Ou seja, o IBGE não entrevistará todos os brasileiros.
O instituto afirma que mais de 100 milénio domicílios participarão da pesquisa, envolvendo mais de 2.000 municípios.
A edição mais recente da POF é relativa a 2017/2018. A atualização da cesta do IPCA a partir da pesquisa é recomendada por especialistas.
A medida é vista uma vez que necessária para que os bens e serviços do índice de inflação ganhem ou percam peso de concordância com sua relevância no orçamento das famílias.
Na atualização mais recente da cesta do IPCA, a partir da última POF, o IBGE passou a medir a evolução dos preços de subitens uma vez que streaming e transporte por aplicativo. São serviços de plataformas uma vez que Netflix, Uber e 99, que ganharam espaço no dia a dia das famílias.
Em contrapartida, a atualização ocorrida em 2020 retirou do operação de inflação subitens uma vez que CD, DVD e máquina fotográfica. Eles perderam participação no orçamento dos brasileiros.
SERVIDORES PROTESTAM CONTRA POCHMANN
O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, não esteve no evento de lançamento da POF 2024/2025. O órgão, todavia, havia anunciado a participação do economista em nota divulgada na semana passada.
A reportagem questionou a assessoria de Pochmann sobre o motivo de ele não ter ido ao evento, mas não recebeu retorno até a atualização desta reportagem.
O economista é personagem de uma crise interna do IBGE que ficou explícita em setembro. Servidores cobram mais diálogo com a direção da mansão e reclamam da geração de uma instalação pública de recta privado, a IBGE+.
A Assibge, associação sindical que representa os trabalhadores, aproveitou a agenda desta terça para se manifestar mais uma vez contra a atual gestão do instituto.
Durante o evento, a entidade estendeu faixas que traziam mensagens uma vez que “IBGE merece é + reverência”.
Há quem considere a novidade instalação uma espécie de “IBGE paralelo”. O regimento da IBGE+ prevê a possibilidade de parcerias com órgãos públicos e privados.
A Assibge planeja entrar em breve com ação judicial contra a medida, de concordância com Antonio Carlos da Matta Peixoto Vieira, diretor da executiva pátrio da associação.
“Já estamos com escritório contratado, profissional nessa situação. Vamos judicializar e pedir a suspensão da instalação. Já tem pessoas sendo indicadas, tanto para juízo curador e para vários cargos dentro da instalação. O sentimento é que isso vai rematar virando cabide de trabalho. O IBGE não merece isso, e a gente não quer isso”, declarou.
A gestão Pochmann rebateu as críticas de servidores em comunicados recentes. Chegou a invocar de “infundadas” as acusações de comportamento dominador.
“A Instalação IBGE+ permitirá o recebimento de recursos para atender a pesquisas ou projetos desenvolvidos com ministérios, bancos públicos e autarquias, antes impossível devido a submissão de ‘orçamento'”, afirmou a presidência.
