Um varão de 50 anos morreu ao tentar voar de speed fly no domingo, 3, em Pedra Formosa, São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro. Vídeos nas redes sociais mostram o momento em que ele salta com o equipamento de voo e desaparece em meio à mata. O nome da vítima não foi divulgado.
Conforme Bruno Menescal, vice-presidente do Clube São Conrado de Voo Livre (CSCLV), o acidente ocorreu por volta das 10h30. A rampa do clube na Pedra Formosa fica a 520 metros de altitude, enquanto a Pedra Formosa fica a 670 metros de intervalo, onde foi registrado o acidente.
“A nossa rampa é conhecida porquê rampa da Pedra Formosa, mas onde ele tentou a decolagem foi na própria Pedra Formosa, que é um lugar de livre entrada, a partir de uma marcha que a pessoa faz. Não é controlado porquê é a nossa prática, que é totalmente segura, onde as pessoas só podem voar com credenciamento. As pessoas podem ir até a Pedra Formosa, por meio de uma marcha, que foi o caso de quem filmou o momento da tentativa de salto”, acrescenta ele.
BRASIL: Um varão de 50 anos morreu na manhã deste domingo enquanto tentava decolar em um speed fly na Pedra Formosa, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. pic.twitter.com/xddHZI9pl8
— CHOQUEI (@choquei) November 3, 2024
Segundo Menescal, o speed fly é uma mistura de paraquedas com um parapente pequeno, com uma superfície térmica muito pequena que dá uma velocidade muito grande.
No vídeo, é provável ouvir ao fundo uma mulher dizendo que ele tropeçou no momento em que tentava decolar com o equipamento. As causas do acidente, no entanto, ainda não foram reveladas.
“Não existe nenhuma entidade que regularmente ou fiscalize essa prática de speed fly. Portanto, é uma prática aleatória, a pessoa pode comprar o equipamento onde for e tentar decolar. Não é o caso do voo livre, que existe uma confederação, existem federações estaduais. Cá, no nosso caso, o ponto mais velho do Brasil, onde se iniciou não só a asa delta, porquê o parapente também. Portanto, existe um controle super rigoroso”, explica ele.
Logo em seguida a queda, o Corpo de Bombeiros foi acionado e as buscas se iniciaram. “Ele teve uma queda de 250 metros de fundura. Mas o que ele fez foi um pouco inusitado. Ninguém vai até lá para fazer isso”, disse Menescal.
Posteriormente quase quatro horas de buscas, a vítima foi encontrada já em óbito em sítio de difícil entrada, segundo o Corpo de Bombeiros do Rio. O corpo foi guiado ao Instituto Médico Lícito (IML).
A operação contou com os quartéis do Cocuruto da Boa Vista, Lagoa, Humaitá, Gávea e Barra da Tijuca.