(UOL/FOLHAPRESS) – Campinas, cidade tradicional do futebol paulista, viu uma oportunidade de modernização evadir em 2009, quando um projeto de construção de uma estádio conjunta para Guarani e Ponte Preta não avançou. O motivo? Rivalidade entre os clubes, que agora caíram juntos para a Série C do Campeonato Brasílico.
O ex-zagueiro Oscar Bernardi revelou detalhes do projeto. “Eu queria isso, que a torcida da Ponte Preta e do Guarani soubessem, eu nunca falei para ninguém”.
Ele conta que um grupo português propôs a construção de uma estádio multiuso com capacidade para 25 milénio pessoas. A estrutura seria compartilhada por Guarani e Ponte Preta e ficaria localizada na Rodovia Dom Pedro.
A estádio seria utilizada por 25 anos pelos clubes e, posteriormente esse período, passaria a ser administrada pela Prefeitura de Campinas.
Oscar Bernardi foi procurado para aproximar os dois clubes: “Eu fui incumbido de unir Guarani e Ponte Preta para o projeto. O Guarani aceitou, mas a Ponte Preta não quis participar”, disse.
DETALHES DO PROJETO
A estádio não seria voltada somente para o futebol, mas também para eventos e incluiria um hotel.
Durante os jogos, a estrutura se adaptaria, porquê ocorre no estádio de Milão que é usado por Inter e Milan: Para jogos do Guarani, as luzes e propagandas seriam verdes; para partidas da Ponte Preta, tudo seria ajustado aos patrocinadores e núcleos do clube.
Na visão do ex-zagueiro, que fez história no São Paulo, mas vestiu a camisa da Ponte e treinou o Guarani, a rivalidade entre os clubes impediu o progressão. “Disseram que, onde o Guarani jogasse, a Ponte não colocaria os pés”.
O Guarani, por outro lado, demonstrou interesse e participou das negociações.
FASE RUIM DO FUTEBOL EM CAMPINAS
Em 2025, Guarani e Ponte Preta disputarão juntos a Série C do Campeonato Brasílico pela primeira vez na história.
Zenon, ex-meia do Guarani, aponta a falta de planejamento dos clubes: “O clima na cidade é de tristeza. O Guarani não se preparou muito e poderia ter terminado a Série B em uma posição melhor”
“A diretoria do Guarani falhou. É preciso uma reformulação e um planejamento mais eficiente para 2025”, disse Zenon.
Ambos os clubes enfrentam desafios financeiros e estruturais. A construção de uma estádio conjunta poderia ter representado um salto de qualidade, porquê acontece com diversos clubes.
A rivalidade sítio acabou prevalecendo sobre o interesse generalidade, deixando Campinas sem uma modernização que pudesse transformar a história de Guarani e Ponte Preta.
“Campinas perdeu uma grande oportunidade. Se a estádio tivesse sido construída, os clubes poderiam estar em uma situação dissemelhante nesta terça-feira (26)”, afirma Oscar Bernardi.
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