O Príncipe Harry foi obrigado a pedir desculpas durante um processo no Supremo Tribunal de Londres, no qual perdeu o direito à proteção policial especial em suas visitas ao Reino Unido. A decisão judicial foi tomada após a revelação de que o Duque de Sussex enviou informações confidenciais a um ministro do governo britânico e a um advogado, violando assim os termos de sigilo do caso.
Em 2020, Harry teve seu nível de segurança pessoal rebaixado no Reino Unido após renunciar às suas funções reais e se mudar para os Estados Unidos com a esposa, Meghan Markle, e os filhos, Archie e Lilibet. Este ano, o príncipe recorreu da decisão, mas a Justiça manteve a medida.
Em sua argumentação, Harry alegou correr perigo na Inglaterra devido ao “aumento do racismo e extremismo” na sociedade atual, mencionando sua preocupação com possíveis ataques a Markle.
A revelação de que o príncipe havia enviado informações confidenciais a um ministro e a um advogado veio à tona através de documentos publicados pelo jornal The Telegraph. Segundo o juiz Richard Lane, Harry enviou e-mails com informações sigilosas para Johnny Mercer, um ministro britânico com quem tem uma relação próxima por terem servido juntos no Afeganistão, e para um advogado da firma Schillings.
Embora o juiz tenha reconhecido a gravidade da violação, ele também afirmou que não houve impacto no resultado principal do processo, o que levou Harry a se desculpar como forma de resolver a situação.
A perda da proteção policial especial obrigou Harry a revisar seus planos para sua próxima visita ao Reino Unido. O príncipe está previsto para participar de uma missa especial na Catedral de St. Paul no dia 8 de maio, em comemoração aos 10 anos do Invictus Games.
De acordo com o jornal Daily Mirror, Harry decidiu que só comparecerá ao evento se houver garantia de segurança pública reforçada para Markle, Archie e Lilibet, equivalente à proteção oferecida aos membros ativos da Família Real. Caso contrário, o príncipe viajará sozinho para o Reino Unido.
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