O ministro da Herdade, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 30, entender a inquietação do mercado financeiro em relação ao pregão formal das medidas para incisão de gastos do governo, mas ponderou que há muita especulação. “Eu até entendo a inquietação (do mercado), mas é que tem gente especulando em torno de coisas, porquê o jeito que eu falo. Tem coisas absurdas que as pessoas falam no jornal: o Haddad dormiu muito, dormiu pouco”, disse.
O governo havia sinalizado que deveria se concentrar nas discussões sobre o pacote de incisão de gastos posteriormente as eleições municipais, o que gerou grande expectativa em relação a qualquer pregão.
Haddad se reuniu na segunda e terça-feira com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas nenhum pormenor do pacto foi divulgado ainda.
O ministro não fixa um prazo para a apresentação dessas medidas. O argumento de Haddad é de que uma semana a mais não vai prejudicar, mas sim melhorar a qualidade do trabalho que está sendo desenvolvido pela equipe técnica. Ele frisou que “não vai intercorrer zero na próxima semana”, mas que a meta da LDO será cumprida, as projeções de arrecadação estão boas e o último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será publicado no termo de novembro, deve mostrar um bom encaminhamento para o fechamento do ano.
Questionado sobre se o mercado está nervoso à toa, Haddad disse esperar que sim. “Se fizermos uma boa proposta, uma fórmula adequada, assim porquê o tórax no ano pretérito dissipou as incertezas e a gente teve um ano magnífico na sequência, com queda do rendimento, queda do dólar, ancoragem das expectativas, eu espero que aconteça a mesma coisa. O trabalho que nós estamos fazendo é para que isso aconteça de novo”, afirmou.
O ministro ainda ponderou que a inquietação faz segmento, e que o cenário extrínseco também tem pontos de incerteza porquê as eleições nos Estados Unidos, a desaceleração da China e o quadro de commodities.
“Nosso papel é fazer a melhor redação provável, a melhor proposta provável nesta direção que a Herdade defende. Fazer as despesas caberem na fórmula que foi aprovada pela a totalidade do Congresso no ano pretérito. Nós temos que encontrar um caminho de fazer com que essa fórmula tenha sustentabilidade no tempo. Encontrada essa fórmula, e na minha opinião o que ontem foi discutido atende, do meu ponto de vista as coisas voltam a se ancorar, não que nós não vamos ter dificuldade com o que está acontecendo no mundo”, disse Haddad.
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