O meio-campista Jean Lucas foi procurado pelo Flamengo nesta janela de transferências, mas preferiu voltar para o Santos. Apresentado nesta quarta-feira no CT Rei Pelé, o jogador de 25 anos lembrou as conversas que teve com o técnico rubro-negro Jorge Sampaoli, com quem trabalhou no próprio time santista em 2019, e afirmou ter escolhido voltar ao litoral paulista por gratidão.
“Tive a conversa com o Sampaoli, mas vocês sabem como são as janelas, há conversas com muitos clubes. Quando apareceu o Santos, eu pedi para dar uma segurada com o Flamengo que a gente iria dar prioridade ao Santos. O motivo é esse carinho que eu tenho, essa identidade com o clube”, afirmou durante coletiva de imprensa.
“Me sinto um menino da Vila, os torcedores me abraçaram, invadiram as minhas redes sociais. Fico muito feliz com o carinho de todos, fui muito bem recebido no clube, pelos jogadores, pelas pessoas que trabalham lá. Me sinto sim um menino da Vila e fico muito feliz com esse carinho que recebe de todos”, completou.
Jean Lucas explicou que, ao tomar a decisão, não considerou a diferença dos momentos vividos por Flamengo, vice-líder do Brasileirão e vivo na Copa do Brasil e na Libertadores, e Santos, que briga nas últimas posições do campeonato nacional. Questionado sobre a crise do clube alvinegro, afirmou ter sentido uma atmosfera positiva no CT. “Eu não vejo clima pesado, vejo um clima sadio, todos os jogadores alegres.Como na vida, a gente passa por situações difíceis, mas as coisas vão melhorar”.
Sobre a primeira impressão a respeito do técnico Paulo Turra, que vem adotando uma postura bastante rígida, o volante também fez comentários elogiosos. “É um excelente treinador, excelente pessoa. Ele me pede para passar um feedback porque faz tempo que não jogo. Nossa relação está muito boa, ele tem pedido bastante movimentação, bastante movimentação sem a bola, e é isso”.
Formado e revelado pelo Flamengo, Jean Lucas foi emprestado ao Santos em 2019, em contratação que fez parte da transferência do atacante Bruno Henrique ao clube carioca. Em junho daquele ano, foi vendido pela diretoria flamenguista ao Lyon, time no qual fez poucos jogos. Continuou na França, onde defendeu o Brest e o Monaco, seu último clube antes do retorno ao Santos.
Questionado sobre as poucas oportunidades que teve durante a passagem pela Europa, afirmou que fez sua parte. “Futebol é um pouco injusto. Sempre trabalhei, sempre dei o meu melhor, mas não sou eu que decido. Sempre fui correto, trabalhei, dei o meu máximo em campo, mas o futebol costuma ser injusto. Foi isso que aconteceu mesmo”, disse.