SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Diversas agências federais dos Estados Unidos orientaram seus funcionários a modificar suas assinaturas de email para que não contenham mais os pronomes pelos quais preferem ser chamados. Nesta última semana, segundo a Wired, ao menos quatro agências tomaram medidas para que os pronomes não sejam mais utilizados.

 

As ordens têm relação direta com decretos do presidente Donald Trump que visam extinguir esforços relacionados à variação e isenção no governo federalista. Em seu primeiro dia de procuração, o republicano assinou documentos que pedem o término do que seu governo labareda de “programas DEI [diversidade, equidade e inclusão] radicais e desperdiçadores” e buscam restaurar “a verdade biológica ao governo federalista”.

No mesmo conjunto, Trump assinou o decreto que restringe, em contextura pátrio, o reconhecimento de gênero de um sujeito. Na prática, somente os gêneros masculino e feminino devem ser considerados.

Segundo documentos internos obtidos pela emissora ABC News, um transmitido emitido pelo Escritório de Gestão de Pessoal na última quarta-feira (29) orientou os órgãos a “revisar os sistemas de e-mail da sucursal, uma vez que o Outlook, e desativar os recursos que solicitam aos usuários seus pronomes”.

Porquê outro exemplo prático das novas políticas republicanas, o escritório do FBI em Quantico, no estado da Virgínia, pintou uma parede em que estavam descritos os princípios da sucursal para ocultar o termo variação. Segundo o órgão, levante não é mais um de seus valores essenciais.

Na esteira da proibição do uso de pronomes em comunicações oficiais estão a Filial dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), a Filial de Proteção Ambiental (EPA), a Gestão de Serviços Gerais (GSA), o Departamento de Lavra dos EUA e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Um funcionário do CDC ouvido pela ABC News, que não quis publicar seu nome por pavor de represálias, afirmou que nunca foi orientado sobre o que deveria colocar ou não em sua assinatura de email.

Na Usaid, sucursal chamada de ‘organização criminosa’ por Elon Musk, um funcionário afirmou que, na semana passada, o órgão desativou a funcionalidade que permitia a apresentação dos pronomes. Um outro membro da GSA declarou que os detalhes também foram ocultados do aplicativo Slack, usado para a informação interna da equipe. O mesmo aconteceu no aplicativo Teams, usado pelo CDC, segundo um funcionário.