Depois de anunciar, em janeiro deste ano, que iria demitir 12 mil pessoas no mundo inteiro, o Google começou a comunicar ontem o escritório brasileiro sobre cortes na operação local. Segundo apurou o Estadão, funcionários no País já estão sendo notificados por e-mail sobre a decisão da companhia, justificada como um movimento de “reestruturação” de equipes.
Entre as áreas atingidas, estão profissionais que trabalhavam com produtos financeiros, YouTube, marketing e publicidade. Procurada, a empresa não informou quantos funcionários foram dispensados ou quais áreas foram mais afetadas – internamente, comenta-se que o Brasil foi menos afetado do que outros países.
No anúncio global, a empresa havia informado que para funcionários demitidos, o pacote de rescisão seguiria a orientação da lei trabalhista de cada país. Nos EUA, por exemplo, a companhia garantiu um pacote de continuação de salário por 16 semanas, com um adicional de duas semanas para cada ano que o funcionário passou na empresa, além de plano de saúde por seis meses. No Brasil, porém, ainda não há informação sobre os benefícios.
NO MUNDO
Os cortes globais foram anunciados no final de janeiro, por e-mail. Na mensagem, Sundar Pichai, presidente do Google, assumiu total responsabilidade pelas demissões e afirmou que a empresa está em um momento de “escolhas” e, por isso, precisa reestruturar as posições de trabalho. Pichai ainda cita os investimentos em inteligência artificial (IA) como uma oportunidade de guiar a companhia para tempos melhores.
“Realizamos uma revisão rigorosa em todas as áreas e funções de produtos para garantir que nosso pessoal e funções estejam alinhados com nossas maiores prioridades como empresa. As funções que estamos eliminando refletem o resultado dessa revisão. Eles atravessam a Alphabet, áreas de produtos, funções, níveis e regiões”, afirmou Pichai.
YAHOO
Segundo o portal Axios, o Yahoo planeja demitir 20% da força de trabalho da empresa. No total, o número representa mais de 1,6 mil empregados em todo o mundo. Conforme o site, o corte já atingiu 12% dos funcionários, e espera-se que o restante seja demitido no segundo semestre deste ano.
As demissões estão centradas principalmente na área de publicidade digital, na qual o Yahoo faz competição com o Google e Meta. A companhia fez uma série de aquisições de adtechs (empresas de tecnologia focadas em anúncios) entre 2015 e 2017, em esforço para competir com as duas big techs.
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