BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – A News Corp, empresa que edita, entre outros, os jornais The Wall Street Journal e New York Post, nos EUA, e The Times e The Sunday Times, no Reino Unido, anunciou nesta quarta-feira (17) um acordo pelo qual será remunerada pelo Google pelo conteúdo jornalístico produzido por seus veículos.
Segundo o comunicado da News Corp, conglomerado de origem australiana e de propriedade da família Murdoch, o acordo com o gigante de tecnologia americano vale por três anos -o valor envolvido não foi informado. Publicações da News Corp se juntarão ao Google News Showcase, produto de notícias do Google que, segundo a empresa americana, já firmou compromisso com mais de 500 publicações em todo o mundo.
Nesta segunda (15), Josh Frydenberg, secretário do Tesouro da Austrália, havia afirmado que acordos com a mídia australiana para remunerá-la por seu conteúdo estavam “muito próximos”. O governo australiano elabora um código de conduta vinculativo, que exige que as big techs negociem com cada veículo de imprensa uma remuneração pelo uso de seu conteúdo – na ausência de acordo, o caso será decido por um juiz.
News Corp disse que o novo acordo “inclui o desenvolvimento de uma plataforma de assinatura, o compartilhamento da receita de anúncios por meio dos serviços de tecnologia de anúncios do Google, o cultivo do jornalismo de áudio e investimentos significativos em jornalismo de vídeo inovador pelo YouTube”.
Google e Facebook também enfrentam cobranças por pagamento de conteúdo jornalístico na Europa e, recentemente, anunciaram acordos com empresas jornalísticas na França, na Alemanha e no Reino Unido.
Facebook é multado na Itália
Também nesta quarta o Facebook for multado pela Autoridade de Concorrência e Mercado da Itália em EUR 7 milhões (R$ 45,5 mi), por não cumprir uma ordem de 2018 para alterar suas práticas de tratamento de dados.
A empresa havia sido multada em 2018, em EUR 10 milhões (R$ 75 mi), por enganar os usuários locais sobre como seus dados seriam coletados e compartilhados com serviços de terceiros. Após recurso, o valor foi reduzido pela metade.
A nova decisão afirma que o Facebook deixou de corrigir todas as práticas que haviam sido consideradas enganosas em 2018.
A empresa afirmou que já fez alterações para atender às exigências do regulador italiano e que aguarda decisão sobre recursos.
No final de janeiro, a Itália bloqueou no país o TikTok por falhar em impedir que crianças se inscrever no aplicativo. A proibição ocorreu após a morte de uma menina por asfixia, enquanto fazia um vídeo para o app.
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