SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quando fez parte do elenco da peça queer “A Herança”, em março do ano passado, Reynaldo Gianecchini falou em entrevistas sobre sua relação com a comunidade LGBTQIA+, dentro da qual ele começava a se enxergar, como homem pansexual. Seus depoimentos não foram bem recebidos por parte da comunidade, que interpretou o comportamento do ator como uma tentativa de se distanciar das pautas queer.
Agora, ao estrear em “Priscilla, A Rainha do Deserto”, Gianecchini se defende. “Quando expus meu medo de estar assumindo de verdade essa comunidade, não é que estava rejeitando essa parte. Só estava expondo uma fragilidade minha, a de que eu não conseguia falar ainda sobre isso nem me sentir à vontade”, disse o ator.
Gianecchini afirma que suas declarações foram tiradas de contexto e só por isso ele foi cancelado por parte da comunidade LGBTQIA+. “De certa forma, fui muito agredido a vida inteira, porque sempre me cobraram muito sobre sexualidade”, ele diz. “Ninguém deveria cobrar ninguém de sair do armário. Se a comunidade quer acolhimento e respeito, ela também tem que oferecer isso.