Em dia com várias homenagens a Pelé, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu a informação de que Carlo Ancelotti renovou com o Real Madrid, frustrando os brasileiros que sonhavam em ter o treinador à frente da seleção em 2024. Galvão Bueno usou as redes sociais para comentar sobre a permanência do italiano no clube espanhol e disparou contra a entidade. Na visão do ex-narrador, de 73 anos, “estão desrespeitando a história da seleção brasileira”.
“Eu imaginava que fosse um dia para fazer um comentário, falar algumas palavras exclusivamente de lembranças, de saudades e de homenagens a Edson Arantes do Nascimento, Rei Pelé, primeiro e único. Mas os dirigentes do futebol brasileiro, principalmente da CBF, não deixam. Eles simplesmente não deixam. Eles continuam desrespeitando a história da Seleção Brasileira de futebol”, disse o ex-narrador.
Galvão Bueno pediu ainda que providências sejam tomadas na CBF, que vive uma turbulência interna, com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, até então responsável por alinhar um acordo com Ancelotti. Esse, inclusive, pode ter sido um dos motivos pela permanência de Ancelotti no futebol espanhol.
“Hoje (sexta-feira) saiu a notícia oficial que Carlo Ancelotti renovou com o Real Madrid. Nós temos um presidente interino, um técnico interino e não temos time. Se a gente não sabe quem vai ser o presidente, qual é a escolha de técnico desse presidente, a gente também não sabe qual é o time. É muito difícil fechar o ano assim. Que tenham todos um bom 2024. Pelé, pra você eu poderia dizer desculpe, amigo, perdão”, afirmou.
Ainda nesta sexta-feira, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) recebeu o apoio público de 30 clubes e sete federações estaduais ao lançar sua candidatura à presidência da CBF por meio de um manifesto conjunto. O outro pré-candidato é Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Atualmente, a CBF está sob comando de José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e encarregado de realizar novas eleições até a segunda quinzena de janeiro. A votação não deve ocorrer antes de uma visita de membros da Fifa no dia 8 de janeiro. A entidade internacional reforçou, no último domingo, que não hesitará em sancionar a CBF, inclusive com suspensão, em caso de qualquer violação no processo de escolha de uma nova presidente.
Enquanto isso, Fernando Diniz continuará à frente da seleção brasileira, dividindo a função como treinador do Fluminense. A seleção brasileira tem seis jogos sob o comando de Fernando Diniz, com duas vitórias, um empate e três derrotas. No período, foram oito gols marcados e sete sofridos.