A campanha A Fome não é Fake, articulada pelo Fundo Social de Solidariedade, em parceria com a Secretaria da Cidadania (Secid) e a colaboração de toda a sociedade civil, teve prosseguimento neste de sábado (24), com a entrega de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social ou emergencial, atingidas pela pandemia.
A entrega foi simultânea, em oito diferentes pontos da cidade, nos bairros Central Parque, Éden, Vila Lucy, Paineiras, Vila Hortência, Jardim Zulmira, Parque São Bento e Sorocaba Park. Ao todo, 3.021 famílias receberam as cestas básicas neste sábado, totalizando 3.981 cestas entregues somente nesta semana.
Um dos postos de distribuição foi no Instituto Humberto de Campos, no Jardim Zulmira, na Zona Oeste. E todos os alimentos que compuseram as cestas básicas no local vieram de doações realizadas durante a campanha de vacinação. “Não acrescentamos nenhuma cesta básica aqui. Tudo o que foi doado veio das mãos de quem praticou a solidariedade e trouxe sua doação nos dias de vacinação”, falou Clayton Lustosa, secretário da Cidadania.
“É preciso agradecer muito a população, pois todas as cestas básicas que estão sendo retiradas, hoje, por famílias que precisam vieram, além das doações na campanha de vacinação, dos drive-thru montados para a campanha #AFOMENAOEFAKE e de milhares de munícipes e muitos empresários que se interessaram em contribuir”, destacou a primeira-dama e presidente do FSS, Sirlange Frate Maganhato.
Somente no Humberto de Campos, foram quase 600 cestas entregues, que farão a diferença no dia a dia de famílias, como a da Senhora Edna Sampaio. Aos 61 anos, ela não tem salário fixo, nem aposentadoria. Vende balas para cuidar do sustento de dois netos e ajudar o filho desempregado. Como o ganho é pouco, ela também junta latinhas e garrafas PET para reciclar e ajudar no orçamento. “Não é sempre que consigo comprar o gás”, ela contou.
Regiane Nonato da Silva cuida sozinha do sustento de três filhos, um de 13, um de nove e outro de um ano de idade. Como está sem emprego, depende do programa Bolsa Família pra sobreviver. Por isso mesmo, comemora a chegada da cesta básica.
Amélia Rodrigues dos Santos trabalha com limpeza. Mas, desde que começou a pandemia, não é sempre que tem trabalho. Na família, são cinco pessoas, ela, o marido e mais três filhos. “Não temos Bolsa Família, nem nenhum outro tipo de auxílio do governo. As coisas apertaram e esta cesta básica vai ajudar bastante”, disse Amélia.
Na casa de Jocimara Marcolino, a situação é parecida. Ao todo, são seis pessoas, nenhuma com emprego fixo neste momento. “Recebo o Bolsa Família, mas o valor não dá”, ela relatou. O marido faz bicos, mas ela está em tratamento de saúde, aguardando para operar o ombro, e não tem condições de trabalhar dessa forma.
Ariete Caroline Nascimento Matos chegou para retirar a cesta básica de sua mãe, que tem 68 anos e é aposentada. Ela viu as dificuldades chegarem com o amento do preço dos alimentos, durante a pandemia.
Diego Gomes Soares conta que foi a mulher que fez o cadastro para receber os alimentos, depois que ficou sabendo da campanha pelas redes sociais. Em casa, só ele trabalha, para o sustento de dois adultos e três crianças. “Minha esposa perdeu o emprego e as contas apertaram muito depois da pandemia”, ele afirmou.
“Quero agradecer muito às pessoas que doaram alimentos e também quem ajudou a montar e entregar as cestas básicas. Por isso, sabemos que o papel do Fundo Social de Solidariedade e da Secid é muito importante, em mobilizar tantas pessoas para ajudar quem precisa”, frisou o prefeito Rodrigo Manga, na visita ao posto de distribuição montado no Instituto Humberto de Campos. No local, também estiveram o presidente do Instituto, Paulo Baccelli, o ouvidor geral do município, Caio Oliveira, e o chefe de gabinete, Serginho Barreto.
Fotos: Adriana Massa – Secom/Divulgação
Cidadania – Agência de Notícias