O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 3, mostrou estabilidade no cenário de crescimento econômico neste ano. A mediana para a alta do PIB em 2023 seguiu em 0,90%, contra 0,85% há um mês. Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, recuou de 0,98% para 0,85%.
Para 2024, o Relatório Focus mostrou mudança na perspectiva de crescimento do PIB de 1,40% para 1,48%, contra 1,50% de um mês atrás. Considerando apenas as 29 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também melhorou, de 1,40% para 1,50%.
Em relação a 2025, a mediana aumentou de 1,71% para 1,80%, mesmo patamar de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que recuou de 1,78% para 1,80%, ante 2,00% de quatro semanas antes.
O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do PIB deste ano de 1,0% para 1,2% no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) da semana passada. Já na grade de parâmetros divulgada no último dia 17 pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,1% para 1,6%.
Déficit primário
Após a apresentação da proposta de novo arcabouço fiscal pelo Ministério da Fazenda na quinta-feira passada, a projeção para o déficit primário em 2023 apenas oscilou no Boletim Focus, de 1,02% para 1,01% do PIB, contra 1,00% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana continuou em 7,80% na última semana, de 7,85% do PIB há um mês.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa passou de 61,00% para 61,15% do PIB, de 61,00% há um mês.
Para 2024, a projeção para o rombo primário continuou em 0,80% do PIB, enquanto o déficit nominal previsto variou de 7,40% para 7,10% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,75% e 7,35% do PIB, nessa ordem.
No caso da dívida, a estimativa seguiu em 64,50%, contra 64,00% de quatro semanas antes.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 no Boletim Focus divulgado nesta manhã de segunda-feira. A projeção seguiu em US$ 55,00 bilhões, contra US$ 57,00 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana continuou em US$ 52,44 bilhões, de US$ 55,00 bilhões há quatro semanas.
Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária passou de US$ 50,40 bilhões para US$ 50,84 bilhões, ante US$ 50,00 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa deficitária passou de US$ 51,39 bilhões para US$ 52,50 bilhões, de US$ 51,50 bilhões há quatro semanas.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas. Para 2024, a estimativa também foi mantida em US$ 80,00 bilhões, repetindo a mediana de um mês antes.
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