A Instalação Oswaldo Cruz (Fiocruz) formalizou um pedido ao Ministério da Saúde para desenvolver uma vacina contra a dengue no país. Caso aceita, a produção será da vacina Qdenga, da operário japonesa Takeda, por meio de um entendimento de transferência de tecnologia na modalidade Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP).
As informações foram confirmadas pela Takeda e pela Fiocruz. A instituição brasileira disse, em nota, que poderá dar mais detalhes sobre o processo “em seguida a avaliação da proposta encaminhada”.
O Ministério da Saúde já havia expedido anteriormente que foram compradas quatro milhões de doses da vacina do laboratório nipónico em 2024 e que, para 2025, havia contrato para distribuição de nove milhões de doses.
Segundo dados da pasta, que constam no quadro de monitoramento de arboviroses, foram 6.547.438 de casos prováveis de dengue, 5.613 mortes confirmadas e 1.499 óbitos em investigação em 2024.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Qdenga porquê uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus motivador da dengue. A organização recomenda que a ração seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com subida transmissão de dengue. A Qdenga deve ser administrada em esquema de duas doses com pausa de três meses entre elas – esquema vacinal atualmente adotado no Brasil.
O imunizante teve seu registro reconhecido pela Escritório Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização da vacina no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do ano pretérito, o ministério anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS).
A vacina começou a ser aplicada na rede pública de saúde em fevereiro. Em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo próprio operário, a imunização foi feita somente em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, tira etária que concentra o maior número de hospitalizações depois dos idosos. Pessoas com mais de 60 anos não têm indicação para receber a ração em razão da pouquidade de estudos clínicos.
Além da Qdenga, também está em desenvolvimento uma vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan. A previsão é que, ainda oriente ano, o pedido de registro seja submetido à Anvisa.