Filha que matou pais e viveu anos com corpos é condenada a prisão perpétua

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher foi condenada à prisão perpétua por matar os próprios pais e depois viver com os corpos por quatro anos em uma vivenda em Essex, na Inglaterra.

 

Virginia McCullough, de 36 anos, admitiu e detalhou os crimes durante uma das audiências. Nesta sexta-feira (11), a pena foi dada pelo juiz Johson do Tribunal da Grinalda de Chelmsford, que disse que ela havia ”roubado a pundonor na morte de seus pais”.

Os assassinatos ocorreram em 2019. Em junho daquele ano, ela envenenou o pai, John McCullough, 70, e esfaqueou a mãe, Lois McCullough, 71, com uma faca de cozinha até a morte, conforme a prensa sítio.

Em seguida matá-los, Virginia teria escondido os corpos na mesma vivenda. A mulher construiu um ”túmulo improvisado” para seu pai em um cômodo da residência, enquanto o corpo de sua mãe foi posto em um guarda-roupa. O ”túmulo” foi feito com blocos de alvenaria e tamanho branca, com cobertores, fotos e pinturas por cima.

A filha viveu normalmente no sítio durante quatro anos, até ser invenção. Policiais faziam uma visitante na vivenda da família quando ela revelou calmamente o que tinha feito e mostrou onde os corpos foram escondidos. ”Eu sabia que isso aconteceria eventualmente, é oportuno que eu cumpra a minha punição”, falou aos agentes, segundo informações do tabloide britânico The Sun.

Virginia teria também usado o moeda dos pais com jogos de má sorte. ”Ela é uma manipuladora inteligente que escolheu matar seus pais cruelmente. Esse caso choca e horroriza até mesmo os detetives de homicídios mais experientes”, relatou a polícia de Essex ao jornal britânico Telegraph.

Segundo o Tribunal, transgressão foi premeditado murado de três meses antes. A mulher teria comprado os itens usados nos assassinatos com antecedência – o que fez com que a Justiça entendesse que houve um planejamento nas ações.

Juiz afirmou que condições de saúde mental da condenada não reduzem sua culpabilidade. O magistrado explicou que Virginia tinha sintomas de transtorno de personalidade, sinais de autismo, depressão e psicose à quadra do transgressão. Ele ainda falou que ela transparece ter remorso e ”autopiedade” pelo que aconteceu.