SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Enquanto pequenas e grandes empresas de setores variados disputam os profissionais escassos da área de tecnologia, startups tentam resolver o problema criando sistemas para que a produção de softwares seja feita por quem não é da área ou por um grupo menor de pessoas.
A Abstra desenvolveu uma plataforma em que não é preciso ter conhecimento técnico para criar aplicativos. Segundo seu fundador, Bruno Costa, o profissional que desejar montar um programa usando seu serviço gastará de 30 minutos a uma hora para aprender como funciona.
Costa diz que a ideia para criar a Abstra veio após trabalhar em uma grande startup de educação. Segundo o empresário, muitas áreas que precisavam de auxílio de tecnologia, como a de recursos humanos ou marketing, acabavam recebendo pouca prioridade em suas iniciativas por falta de profissionais.
Com isso, Costa teve a ideia de criar um serviço que permitisse a pessoas de outras áreas, principalmente designers, criar o aplicativo por conta própria, sem precisar escrever nenhum código.
Segundo ele, a maior busca pelo produto é de consultorias, que veem na criação de aplicativos a possibilidade de oferecer um serviço a mais para seus clientes. “As consultorias precisam desenvolver projetos muito rápido e com poucos desenvolvedores”, afirma.
Por enquanto, os aplicativos que vêm sendo desenvolvidos são para uso interno das empresas, em áreas como orçamento, gestão de matrículas em universidades ou organização de dados. Para o futuro, haverá a possibilidade de lançar serviços feitos a partir da Abstra para o consumidor final, afirma Costa.
A startup recebeu investimento de R$ 3,6 milhões do fundo Iporanga e foi selecionada para programa da aceleradora americana Y Combinator.
Outra startup, a Fluna, propõe que o trabalho de criação de sistemas continue sendo feito por desenvolvedores, mas busca acelerar o processo oferecendo blocos de código já montados que podem ser arrastados para formar os novos programas, explica Alysson Nazareth, presidente da empresa.
Entre as funções oferecidas estão inclusão de reconhecimento facial, pagamento via cartão de crédito ou emissão de boletos.
O empresário conta que a plataforma surgiu primeiro para uso próprio. Como desenvolvedor freelancer, ele criou a ferramenta para acelerar a entrega dos projetos para os quais era contratado, eliminando a necessidade de escrever os mesmos códigos várias vezes.
“O tempo para formar um desenvolvedor e dar experiência a ele é muito longo. Por isso auxiliamos os que estão no mercado a abraçar mais papéis de forma mais simples”, afirma.
Segundo Nazareth, o serviço da Fluna é usado principalmente por startups com equipe pequena. Agora, a empresa busca fazer negócios com companhias maiores. Sua plataforma já foi usada para criar sistemas de gerenciamento de frotas de automóveis, lojas virtuais integradas com o WhatsApp e plataformas de investimento.
A companhia está participando de processo de aceleração da 500 Startups de Singapura.
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