SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma explosão numa mesquita em Cabul, capital do Afeganistão, deixou ao menos 21 pessoas mortas e 33 feridas nesta quarta-feira (17).
Segundo a polícia local, explosivos foram colocados dentro da mesquita no momento em que fiéis faziam a oração da tarde (manhã no Brasil).
Nenhum grupo reivindicou o ataque e as autoridades ainda não se pronunciaram publicamente sobre possíveis responsáveis.
O templo alvo do atentado também abriga uma escola religiosa e fica localizado em um distrito sunita no noroeste de Cabul. Nesta quinta-feira, o edifício, com as janelas quebradas, estava protegido por vários talibãs armados, que também patrulhavam as ruas próximas.
Testemunhas disseram à agência Reuters que a forte explosão foi ouvida em um bairro do norte da cidade, quebrando janelas em prédios próximos.
A ONG italiana Emergency, que administra um hospital na capital afegã, informou que atendeu 27 vítimas da explosão, incluindo cinco crianças. Segundo o diretor Stefano Sozza, duas pessoas chegaram mortas ao hospital e uma terceira morreu na sala de emergência. “A maioria dos pacientes que recebemos após a explosão na mesquita sofreu ferimentos por estilhaços e queimaduras”, afirmou.
Em agosto, o hospital tratou 80 pacientes de seis diferentes episódios como explosões e tiroteios em massa. “O país está sofrendo as consequências de um conflito muito longo que prejudicou seu futuro”, disse Sozza.
Um ano após o Talibã retomar o poder no Afeganistão, o país tem registrado atentados com frequência. Na semana passada, um homem-bomba detonou explosivos dentro de uma escola religiosa em Cabul, num ataque que matou o clérigo talibã Rahimullah Haqqani e seu irmão. O religioso era conhecido em particular por seus discursos inflamados contra o grupo extremista Estado Islâmico, que reivindicou o ataque.
No mês de agosto, foram executados vários ataques mortais. Em abril, mês sagrado do Ramadã, uma série de atentados com bombas foi registrada, com um balanço de dezenas de mortos.
A maioria dos ataques é reivindicada pelo Estado Islâmico, geralmente direcionados contra minorias como os xiitas, mas também contra os talibãs.
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