O ex-presidente argentino Carlos Menem está em coma induzido no hospital de Buenos Aires, onde está internado há mais de uma semana com um quadro de saúde delicado, após sofrer uma insuficiência renal, informou hoje a EFE.
O político do Partido Justicialista, de ideologia peronista, que mistura elementos de esquerda e de direita, Presidente da Argentina entre 1989 e 1999, foi internado no dia 15 de dezembro no Sanatório Los Arcos, na capital argentina, para um exame médico à próstata, mas foi diagnosticado com uma infeção urinária que complicou os seus problemas cardíacos.
Nos últimos dias, o veterano político de 90 anos registou uma ligeira melhoria do seu estado de saúde, até à manhã de hoje, quando sofreu uma “descompensação renal” e foi colocado em coma induzido.
“É delicado, vamos orar em nome de Deus para ver se recupera”, disse à EFE Zulema Yoma, mulher do atual senador.
O ex-chefe de Estado já tinha sido hospitalizado duas vezes este ano: em junho, com um quadro de pneumonia que o levou a ser transferido para a unidade de cuidados intensivos, e no final de julho, para realizar vários exames.
Advogado de profissão, Carlos Menem foi presidente após ter sido governador de La Rioja, a província de onde é natural, entre 1973 e 1976, ano em que foi preso após o golpe que culminou na última ditadura do país (1976-1983), e novamente de 1983 a 1987, ano em que iniciou a sua campanha presidencial.
A sua gestão como chefe de Estado foi marcada pela transformação da economia, com uma grande abertura comercial e um intenso processo de privatização de empresas públicas, mas também por denúncias de corrupção, que teve de enfrentar em tribunal nos últimos anos, enquanto era senador, cargo que ocupa desde 2005.
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