SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Em meio às tensões envolvendo a Ucrânia, os Estados Unidos têm se preocupado com a aproximação entre a Rússia e a China. De acordo com o jornal The News York Times, países da Europa também têm ficado alertas diante do recente estreitamento das relações entre os aliados históricos Moscou e Pequim.
No meio da crise, o governo do presidente Joe Biden tem tentando formar alianças, principalmente com países europeus para deixar Putin isolado. No sábado, 19, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu para que fossem feitas negociações para a crise entre a Rússia e a Ucrânia.
Na ocasião, ele defendeu, no entanto, a soberania da Ucrânia, mas também criticou a tentativa da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de expandir suas fronteiras rumo ao leste europeu.
“Isso é propício para manter a paz e a estabilidade na Europa?”, questionou ele, por vídeo na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, na qual a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, estava participando pessoalmente para reunir países contra a Rússia.
A aproximação entre China e Rússia traz a lembrança o mundo dividido pela Guerra Fria. No atual conflito, a China tem apoiado a presença maciça de quase 200 mil soldados russos nas fronteiras com a Ucrânia.
Mas a preocupação maior dos EUA, ainda segundo o The News York Times, é que China e Rússia estabeleçam um pacto e não agressão diante de um possível conflito armado. Com esse cenário, os Estados Unidos trabalham para formar coalizão, incluindo em áreas estratégicas da própria Europa e da Ásia.
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