EUA: redes de fast food se unem para derrubar lei da Califórnia sobre novo mínimo

McDonald’s, Starbucks, Chipotle Mexican Grill e outras grandes redes de restaurantes estão se unindo para gastar milhões de dólares para tentar derrubar uma nova lei da Califórnia (EUA) que poderia definir o salário mínimo do Estado para a indústria de fast food em até US$ 22 por hora no próximo ano. A coalizão “Save Local Restaurants” disse na sexta-feira (30) que levantou US$ 12,7 milhões para combater a lei, conhecida como “Fast Recovery Act”.

Marcas corporativas contribuíram com US$ 9,9 milhões e franqueados individuais doaram US$ 2 milhões, incluindo proprietários de redes KFC e McDonald’s. As associações comerciais respondem pelo resto, segundo a coalizão. “Os californianos vão arcar com o custo desta nova lei, então é justo que eles digam se ela deve ser mantida”, disse Matthew Haller, presidente da Associação Internacional de Franquias.

Gavin Newsom, porta-voz do governador da Califórnia e um democrata que assinou o “Fast Recovery Act” em lei em 1º de setembro, não quis comentar.

O McDonald’s contribuiu com cerca de US$ 360.000, enquanto vários franqueados individuais da rede doaram separadamente milhares de dólares cada. Burger King, Subway e Domino’s Pizza doaram US$ 250.000 cada, enquanto Wendy’s contribuiu com US$ 150.000, mostra o arquivo.

O salário mínimo atual da Califórnia é de US$ 15 por hora e deve aumentar em 50 centavos no próximo ano. A lei exige que a Califórnia crie um conselho de dez pessoas, incluindo trabalhadores, representantes sindicais, empregadores e defensores de empresas, que poderia definir um salário mínimo para trabalhadores de fast food no próximo ano de até US$ 22 e reajuste anual com base na inflação.

A lei se aplicaria a redes de fast food com mais de 100 locais em todo o país. Também proíbe os operadores de retaliar funcionários que fizerem reclamações e estabelece estrutura para a reintegração de salários atrasados ou emprego para aqueles que o fizerem.

Os opositores precisarão enviar cerca de 623.000 assinaturas de eleitores válidas até 4 de dezembro para suspender a lei e se qualificar para um referendo na votação de novembro de 2024, segundo o Estado. Os apoiadores do referendo geralmente gastam milhões de dólares na Califórnia para reunir as assinaturas necessárias para entrar nas urnas e normalmente precisam coletar mais do que o mínimo, pois funcionários eleitorais podem desqualificar algumas.

Os defensores da lei também precisam coletar assinaturas de dez mil funcionários de restaurantes de fast food para estabelecer oficialmente o conselho. O Sindicato Internacional dos Empregados de Serviço, que deve desempenhar um grande papel na coleta de assinaturas, se recusou a comentar sobre seus esforços. Fonte: Dow Jones Newswires.

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